Claudemir José de Carvalho, o Ninho, é o prefeito do município com terceiro menor colégio Eleitoral do Espírito Santo: Dores do Rio Preto, na região do Caparaó, com 6.145 eleitores, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES).
Isso não o impede, entretanto, de sonhar em ir além. E o além está a menos de 30 km de distância: o município de Guaçui, do qual Dores do Rio Preto, antigamente chamado Vila Divisa, emancipou-se em 1963.
Guaçuí tem 21.729 eleitores e vive uma crise de liderança política, a rigor, como praticamente todos os municípios do Caparaó. Isso anima Ninho, que está seu segundo mandato e não pode mais reeleger.
Para o repórter Marcos Freir, do portal Aqui Notícias, Ninho confessou que, após quase seis anos à frente da Prefeitura de Dores do Rio Preto e com uma avaliação positiva em mais de 80%, entre a população do município, está pensando em administrar a cidade vizinha de Guacuí.
Por telefone, Ninho revelou que pensa em se desencompatibilizar do cargo de prefeito de Dores do Rio Preto, um ano antes do término do mandato, e mudar o domicílio eleitoral para a Pérola do Caparaó, de olho na Prefeitura do município.
Segundo Freire, quem conhece Ninho e seu arrojo, não pode duvidar do que ele fala, “sendo um nome que pode dar muito trabalho”.
Na história recente, há precedentes na política capixaba. Vasco Alves, um político populista, foi prefeito de Vila Velha a partir de 1983, renunciou em 1986 para ser deputado federal e, em 1988, elegeu-se prefeito da vizinha Cariacica.
No Norte do Estado, Mateus Vasconcelos, o Mateusão, foi prefeito de Conceição da Barra e, depois, de Pedro Canário. Depois, foi deputado estadual e, em seguida, caiu em desgraça, condenado e preso por corrupção na Assembleia Legislativa.
Vasquinho não teve esse problema, mas nunca mais conseguiu se eleger a nada após o troca-troca de domicílio eleitoral. (José Caldas da Costa/Weber Andrade)
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