Cerca de oitenta militantes da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo ocuparam na manhã desta quarta-feira, 7, por tempo indeterminado, a área interna do Hospital Regional em Governador Valadares (MG). A ação tem o objetivo de cobrar do Governo de Minas Gerais a abertura imediata do hospital para conter os avanços da Covid-19 no município, que registra 791 mortes e não tem leitos disponíveis. A obra está com 90% pronta e foi paralisada em 2015.
O governo de Minas Gerais recebeu R$ 75 milhões oriundos da Fundação Renova, como compensação pelo rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Os recursos são para finalização das obras e a aquisição de equipamentos para o Hospital Regional.
O grupo também cobra do prefeito André Merlo (PSDB) transparência com a aplicação dos R$ 55 milhões liberados pelo governo federal para combate ao coronavírus, e questiona o motivo de a prefeitura não ter comprado vacina para a população.
O grupo também denuncia a omissão do governo federal com a aquisição das vacinas e cobra vacinação em massa para toda população. Os integrantes das frentes reivindicam ainda o pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 para trabalhadores desempregados e o pagamento de auxílio para as pequenas e médias empresas.
Os ocupantes do hospital vão lançar um manifesto que será encaminhado ao prefeito municipal, ao governador e ao presidente da República. O documento ainda será protocolado no Ministério Público Estadual (MPE) e no Ministério Público Federal (MPF).
Hospital Regional em números
Início das Obras: 2013
Construtora: Consórcio Socienge Engeform
Previsão de conclusão: agosto de 2015
Paralisação. fevereiro de 2015
Capacidade do hospital:
265 leitos
176 enfermarias
39 urgência e emergência
50 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI)
9 salas de cirurgias
População beneficiada: 1,5 milhão de pessoas (86 municípios)
Os manifestantes lembram o município, polo da região leste de Minas já tem 20.704 casos e 791 óbitos confirmados, em todo o Estado de Minas Gerais já foram mais de 25 mil mortes e, no país, ultrapassamos a marca de 330 mil mortes. “Tanto a rede pública quanto privada está com 100% de ocupação leitos de UTI e fila de espera com pessoas morrendo sem ter a chance de atendimento digno”, informa o release enviado pela organização do movimento, que ressalta ainda que o grupo vai promover uma celebração ecumênica, às 10h desta quarta-feira, em memória das 701 vítimas da Covid na cidade. (Da Redação com Frente Brasil Popular)
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