A Polícia Civil abriu inquérito policial para apurar as suspeitas de omissão de socorro no Hospital Fumatre, de Ecoporanga, à servidora pública estadual Géssica Dettmann Bello, 32 anos, que morreu logo após ser recebida em estado crítico na noite desta terça-feira (7), no Hospital Doutor Alceu Melgaço Filho, de Barra de São Francisco.
Com sintomas de dengue, Géssica passou o dia apenas tomando soro, isso mesmo depois dos protestos de sua irmã Wanessa Dettmann Bello, que gravou imagens de uma discussão com o médico João Roberto Dal´Col, que, segundo ela, não dava atenção a Géssica porque estaria fazendo atendimentos particulares e deixando os pacientes do SUS para depois.
O inquérito foi aberto pelo novo delegado de Polícia de Ecoporanga, José Marcos de Oliveira. “Já iniciamos as investigações, diante dos relatos que vieram a público. Fomos, primeiramente, em busca de informações tanto nos hospitais em que passou, quanto com a família”, disse o delegado da cidade, que fica a 330 quilômetros de Vitória, no extremo da microrregião Noroeste do Espírito Santo.
SEPULTAMENTO
O corpo de Géssica Dettman Bello, que deixou dois filhos, de 8 e 4 anos de idade, somente foi liberado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), anexo ao Hospital da Polícia Militar, no meio da tarde desta terça-feira (7). Em seguida, foi levado para o ginásio de esportes do distrito de Joassuba, onde começou a ser velado às 21h30.
O sepultamento será no cemitério do mesmo distrito, nesta quinta-feira (9), às 11 horas. Joassuba fica a 22 quilômetros da sede do município de Ecoporanga, pela BR 342.
O médico João Roberto Dal´Col foi afastado de suas funções no hospital, por meio da Portaria 02/2024, assinada pelo presidente da Fundação Rural, Ugo Oliveira Figueiredo.
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo ainda não se manifestou sobre o caso. (Da Redação)
“Esperararam minha irmã chegar à beira da morte para transferir a um hospital melhor”
Comente este post