A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), divulgou, no início da noite desta terça-feira, 11, o nome das três marcas de café que apresentaram irregularidades durante uma ação da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), nesta segunda-feira, 10 nos supermercados da Região Metropolitana da Grande Vitória.
As marcas são Café Tem+, Café Minete e Café Campestre, sendo as duas primeiras produzidas em Irupi e Venda Nova do Imigrante e a última em Mutum (MG).
Das três marcas citadas, apenas a torrefadora do Café Campestre em Mutum (MG), cidade que faz limite com Ibatiba e Afonso Cláudio, no Espírito Santo, respondeu à TV Gazeta sobre as investigações e o responsável pela empresa disse que ainda não tinha conhecimento do relatório da investigação e, por isso, não tinha como responder, de imediato.
Foram fiscalizados oito estabelecimentos comerciais nos bairros de Gaivotas, Aribiri, Alecrim e Porto Novo, em Vila Velha; Porto de Santana e São Francisco em Cariacica; e Barcelona, na Serra.
“Foram apreendidas mais de 28 mil unidades de café das três marcas, que apresentaram diversas irregularidades”, informou o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), delegado Eduardo Passamani.
O delegado disse ainda, em entrevista ao ESTV, na manhã de hoje, que as investigações continuam e outras marcas podem ser retiradas do mercado.
As irregularidades induzem o consumidor ao erro, pois misturavam alta quantidade de cascas e paus – uma delas tinha até 13% de impurezas – ou estava fora de padrões mínimos de qualidade, com alto teor de umidade, o que diminui a qualidade do produto; ou, ainda, por ausência de regras básicas de rotulagem, como a indicação de lote, conforme laudos expedidos pelo Laboratório Central (Lacen).
O material apreendido ficou em um depósito dos supermercados fiscalizados. As empresas produtoras serão investigadas por crime contra relação de consumo.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), delegado Eduardo Passamani, as investigações apontam que os cafés recolhidos possuem alta quantidade de cascas e paus, além de alto teor de umidade. Para completar, os rótulos não informavam padrões básicos, como a indicação do lote.
O presidente do Sindicato da Indústria do Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé), Eugídio Malaquias, lamentou o ocorrido, e afirma que pretende convidar as empresas investigadas para que “possam olhar para o mercado de uma forma diferente”.
“Ficamos triste pelo setor, que nos últimos 30 anos vêm trabalhando de uma forma efetiva, no sentido da melhoria da qualidade do café. Temos mostrado essa evolução nos últimos anos. Temos que chamar e convidar essas empresas, e fazer com que possam olhar para o mercado de uma forma diferente. Os clientes só vão abraçar e aderir a marca quando tiverem satisfeitos. Mesmo se fossem associados ao Sincafé, também estaríamos condenando tais atitudes”, declarou Eugídio. (Da Redaçao com g1 Espírito Santo)
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