O interior do Estado superou a Região Metropolitana no número de homicídios em 2023, com algumas poucas “ilhas de excelência” e outras regiões com índices preocupantes, como Pedro Canário, na divisa com a Bahia, que registrou 92,9 homicídios por 100 mil habitantes, e o secretário de Estado de Segurança, coronel Alexandre Ramalho, reconheceu o desafio.
Entretanto, o número 1 da segurança pública no Estado, que participa ao lado do governador Renato Casagrande (PSB) de entrevista coletiva nesta terça-feira, dia 2, às 10h, no Palácio Anchieta, observou que o desafio não é somente para os especialistas da área, mas para todos os gestores públicos.
Como medidas de enfrentamento à migração da criminalidade para o interior, especialmente Noroeste e Norte do Estado, Ramalho aponta 7 eixos: câmeras com inteligência artificial, implantação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, definir uma estrutura dentro da Prefeitura com atenção à segurança pública, criação do Conselho Municipal de Segurança, possibilidade de criação das Guardas Municipais, operações integradas com a participação efetiva das prefeituras e, por fim, “políticas públicas municipais que enxerguem problemas crônicos, que dificultam a obtenção de melhores resultados”.
Alguns municípios com alto índice de violência, como Sooretama, no Norte do Estado, estão há anos sem câmaras de segurança, conforme informação passada no fórum realizado após o sequestro e morte de três adolescentes e cuja apuração foi dificultada pelo fato de 17 das 22 câmaras instaladas no município não estarem funcionando.
O fórum teve a participação do secretário de Planejamento, Álvaro Duboc, coordenado do Programa Estado Presente, com o vice-prefeito Fernando Camiletti representando o município, e expressiva presença do público, inclusive do pai de um dos adolescentes sequestrados e mortos por traficantes (os meninos não tinham nenhum vínculo com a criminalidade).
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