A produção industrial do Espírito Santo avançou 2,6% em março de 2025 frente ao mesmo mês do ano anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgado nesta quarta-feira (14) pelo do IBGE e foi compilado pelo Observatório Findes. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo desempenho da indústria extrativa (+3,4%) e da indústria de transformação (+1%).
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, explica que, “embora tenhamos um contexto macroeconômico desafiador”, os resultados de março demonstram a força da indústria capixaba e que o setor vem se empenhando para continuar avançando.
“Temos no Estado um setor industrial resiliente, que aprende com os desafios e sempre está em busca do crescimento socioeconômico do Espírito Santo. Estamos falando de mais de 20 mil indústrias, que geram quase 273 mil empregos formais de Norte a Sul do ES”, afirma.
Segundo a economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório Findes, Marília Silva, o desempenho positivo da indústria extrativa capixaba foi sustentado pelo aumento da produção de minério de ferro pelotizado, mesmo diante da queda na extração de petróleo e gás natural.
“Já entre os segmentos da indústria de transformação, o destaque foi para a metalurgia, que cresceu 10,2%, puxado pela maior produção de bobinas a quente e ferro-gusa. Por outro lado, tivemos queda na fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-11,1%) e de minerais não-metálicos (-6%).”
Na comparação de março deste ano com fevereiro, com ajuste sazonal, a produção industrial capixaba cresceu 4,6%, o segundo melhor desempenho entre os 14 estados pesquisados pelo IBGE — empatado com o Pará e atrás apenas do Amazonas (5,6%). No país, a indústria avançou 1,2%.
O crescimento do Espírito Santo foi puxado, novamente, pela indústria extrativa (+2,6%). Por sua vez, a indústria de transformação manteve estabilidade (0,0%), com destaque positivo para a fabricação de alimentos (+8,7%). O segmento foi beneficiado por uma maior produção de café solúvel e carnes bovinas. Já os segmentos de celulose e papel, metalurgia e minerais não-metálicos apresentaram retração.
O Espírito Santo tem se destacado no cenário nacional não apenas como um estado produtor de café, mas como exportador de café solúvel, o que é um importante passo para a agregação de valor nos produtos agropecuários produzidos no Estado, além do adensamento da cadeia agroalimentar.
Além disso, o valor das exportações de café solúvel pelo Espírito Santo cresceu 72% no primeiro trimestre de 2025 frente ao primeiro trimestre de 2024.
“A recente inauguração da Olam Food Ingredientes (Ofi), em Linhares, corrobora esse cenário de expansão da nossa indústria que vem cada dia mais agregando valor à produção capixaba”, destaca o presidente da Findes, Paulo Baraona. (Da Redação com Fiorella Gomes)
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