Policiais civis de São Paulo prenderam, na madrugada desta terça, 11, em Santos (SP), o espanhol Joaquin Francisco Gimenez, identificado pela força tarefa de segurança pública do Espírito Santo como responsável por afixar drogas do PCC (Primeiro Comando da Capital) no casco de navios fundeados na baia de Vitória. Ele era o responsável por quase 1 tonelada de pasta base apreendida em dezembro/2021 em Vila Velha em operações realizadas pelo GAECO e pela PF.
A droga foi apreendida em duas investidas da Operação Morgan. Na primeira delas, em Interlagos, nas margens da Rodovia do Sol foram presas sete pessoas. Na segunda, a Polícia Federal descobriu uma casa no Morro do Moreno, em Vila Velha, usada como base da quadrilha internacional. Na terceira investida, a polícia apreendeu uma lanche usada pelos traficantes para o transporte da droga, identificou o espanhol, mas não o encontrou e ele passou a ser foragido da Justiça Federal.
E, ao que tudo indica, a Justiça colocou a mão em alguém com relevância no tráfico internacional usando o Brasil como rota. Joaquin Gimenez tem os braços tatuados com a inscrição Plata o Plomo, ou seja, “prata (dinheiro) ou chumbo”, slogan da organização criminosa colombiana do megatraficante Pablo Escobar, morto pela polícia em 2 de dezembro de 1993. Apesar de tanto tempo, o legado criminoso parece vivo. Com isso, há um indicativo de que a droga “exportada” pelo espanhol dentro do esquema do PCC, conforme informações do superintendente Eugênio Ricas, deve estar vinculada à produção do cartel de Medelin.
Os policiais realizavam vigilância na área do Porto de Santos, em razão de investigação que indicava a colocação de uma carga de cocaína em um dos navios ali aportados. Após algumas horas, dois homens foram avistados se aproximando do cais na margem direita do porto e, ao perceberem a presença dos policiais, fugiram em direções opostas. Um deles (justamente o estrangeiro identificado pela FTSP e que se encontrava foragido) foi perseguido e preso. O suspeito, que vestia traje de mergulhador, foi preso e encaminhado para o presídio local.
Apesar de procurado pela sua atuação no tráfico internacional de drogas pelos portos capixabas, a Polícia Federal ainda não sabe se o espanhol ficará preso em São Paulo ou será recambiado para o Espírito Santo. De acordo com informações da Superintendência Regional da PF, tudo vai depender do entendimento do juiz do caso.
ENTENDA O CASO
No último dia 6, a Força Tarefa de Segurança Pública do Espírito Santo, composta por Policiais Federais, Rodoviários Federais e Guardas Civis Municipais de Vitória e Vila Velha, deflagrou a Operação Morgan visando prender um estrangeiro identificado como o principal responsável pela tentativa frustrada de fixação de uma grande carga de cocaína (890 quilos) no casco de um navio que estava fundeado na baía de Vitória no último mês de dezembro.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, uma lancha utilizada pelo grupo em suas ações ilegais foi apreendida e outros bens, como carros de luxo, foram bloqueados judicialmente no intuito de descapitalizar a organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas.
Entretanto e apesar dos esforços, o estrangeiro não foi localizado e a partir daquele dia passou a ser considerado foragido da Justiça. Ao ser preso pelos agentes do DEIC paulista, Joaquin Francisco reservou-se o direito de ficar calado e a polícia, por enquanto, nada sabe sobre o homem que o acompanhava no porto de Santos no momento da prisão e que fugiu. (Da Redação com informações da Polícia Federal do Espírito Santo)
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