O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi notificado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para explicar, até a próxima terça-feira, 24, as acusações feitas por ele sobre suposta prática de irregularidade em licitação do Governo do Estado em obras na capital capixaba.
O prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos, que será o coordenador regional da campanha de Casagrande à reeleição, reagiu às acusações do ex-colega de Assembleia Legislativa e disse que ‘vai ter troco’. (Saiba mais no final da matéria).
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra Pazolini fazendo um discurso no qual afirma ter recebido uma proposta para participar de um esquema fraudulento de licitação durante uma reunião no Palácio Anchieta, sede do governo do ES, em 2021.
O vídeo foi gravado no último sábado, 14, na inauguração de uma escola municipal, no bairro Jardim Camburi.
No registro, o prefeito não cita o nome da autoridade responsável por fazê-la. No entanto, Pazolini descreveu o momento em detalhes.
“Em determinado momento do ano passado, eu fui convidado a comparecer uma reunião em um palácio no centro da cidade que leva o nome de uma autoridade cristã católica”, disse ele em um trecho.
O prefeito afirmou que recebeu ofertas para a realização de obras de melhorias em Vitória. No entanto, uma determinada empresa, cujo nome também não foi citado, já teria sido previamente determinada para vencer a licitação, que ainda não havia sido aberta.
PGE ingressa com representação no MPES
Ainda no último sábado, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com uma representação no Ministério Público para que Lorenzo Pazolini explicasse a quem estava se referindo em sua fala e apresentasse provas da suposta irregularidade, sob pena de ser processado criminalmente por ofender a honra por imputações inverídicas.
A notificação do MPES foi enviada a Pazolini na última terça, 17. Em nota, o órgão informou, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, que o prefeito terá que apresentar por escrito mais informações ou documentos de supostos atos ilícitos narrados por ele em pronunciamento.
A notificação foi encaminhada para o e-mail institucional do prefeito, que tem prazo de cinco dias úteis para encaminhar resposta ao MPES. O Ministério Público requer que o prefeito forneça elementos pertinentes à apuração dos fatos narrados.
“O pedido visa coletar mais informações para instruir representação enviada ao Ministério Público pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), com o relato de um discurso do prefeito. Tanto a representação quanto o discurso foram analisados no âmbito da Procuradoria-Geral de Justiça, que decidiu solicitar mais informações para a complementação da narrativa dos fatos supostamente praticados, quem seriam os autores e quais seriam as consequências jurídicas desses fatos na esfera cível e/ou criminal, bem como se haveria pessoas com prerrogativa de foro envolvidas. É importante salientar que, neste momento, diante da falta de informações mais concretas, não foi possível analisar o mérito da representação enviada pela Procuradoria-Geral do Estado”, explicou o MPES.
A assessoria de imprensa do prefeito disse que ele não se manifestará sobre o assunto no momento.
Já a PGE informou que qualquer informação sobre o episódio do prefeito de Vitória deverá ser respondida pelo MPES. (Da Redação com g1 Espírito Santo)
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