A polêmica levantada pela coluna “De Olho no Poder”, da jornalista Fabiana Tostes, na Folha Vitória, sobre a ‘briga política’ entre Enivaldo dos Anjos, seu sobrinho, agora deputado, Mazinho, e a família Mauro, tem algumas ‘nuances’ que escaparam do artigo. Uma delas é a ausência deliberada do então deputado estadual Max Mauro Filho, na altura filiado ao PTB, para não votar em Enivaldo dos Anjos, na época no PDT, para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). A informação foi passada por uma fonte ligada a Enivaldo.
A indicação de Enivaldo, que na altura, chegou a ser vice-líder e líder do governador Vitor Buaiz na Assembleia Legislativa, aconteceu em um acordo costurado na residência do jornalista Rogério Medeiros, em Itaúnas, distrito de Conceição da Barra, onde também foi costurado o até então improvável apoio de Vitor Buaiz, que era do PT, a José Ignácio Ferreira, do PSDB.
Considerado um dos políticos mais experientes e sagazes do Espírito Santo, Enivaldo teria costurado, antes, o apoio do governador Albuíno Azeredo, do PDT (na época ainda não havia reeleição) a Vitor Buaiz (PT) para fazer frente ao Cabo Camata (PSD).
Max Mauro foi o terceiro colocado com 139.262 votos (13,10%) perdendo para o Cabo Camata e para Vitor Buaiz.
Eleito deputado, no pleito seguinte, em 1998, Enivaldo dos Anjos acabou ajudando a costurar o apoio a José Ignácio (PSDB), que era a bola da vez e foi eleito no primeiro turno.
“Bíblia do ódio”
Sobre as declarações do sobrinho Mazinho dos Anjos na noite desta terça-feira, 14, Enivaldo em entrevista ao tribunanorteleste.com.br diante da polêmica levantada pelo herdeiro político da família Mauro, de Vila Velha, não quis alongar a conversa e limitou-se a dizer: “Não perco tempo com essas discussões. A bíblia dos Max só tem ódio, ofensas, provocações e rancor. Sou da paz. Eu dei guardanapo para ele (Max Filho) limpar a cusparada na cara que levou do deputado Madureira em plenário”. E nada mais falou sobre o assunto. (Weber Andrade/José Caldas da Costa)
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