“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor” em Tóquio. E o Brasil fez bonito na água, fosse na salgada e com cloro na madrugada de terça-feira, 27. No mar, Italo Ferreira fez bonito e garantiu a primeira medalha de ouro do Brasil no Japão e do surfe na história das Olimpíadas. Já na piscina, coube a Fernando Scheffer fazer renascer a tradição da natação, que passou em branco no Rio-2016, e ficar com o bronze nos 200m livre, prova histórica de Gustavo Borges.
Até o momento, o Brasil conquistou cinco medalhas – um ouro, duas pratas e dois bronzes – e está na 12ª colocação na olimpíada. Vale lembrar que na última olimpíada o Brasil terminou a competição com 19 medalhas
Além das medalhas na natação (bronze) e no surf (ouro), nesta terça, o Brasil conquistou duas medalhas de prata no Skate, feminino e masculino (Kelvin Hoefler e Rayssa Leal) e uma de bronze no Judô, com Daniel Cargnin.
O início do dia em Tóquio teve ainda polêmica com as notas que tiraram de Gabriel Medina até mesmo um lugar no pódio e esperança de mais pódio na natação com grande performance de Leonardo de Deus. Na canoagem, Ana Sátila garantiu a melhor colocação do Brasil na história, mas ficou fora da final, enquanto no judô a porta-bandeira Ketleyn Quadros ficou no quase no pódio.
Bronze na piscina
O primeiro pódio do Brasil na manhã de terça-feira em Tóquio veio no Centro Aquático. Fernando Scheffer fez valer a tradição brasileira nos 200m livre e repetiu Gustavo Borges com um lugar no pódio. Se o ídolo ficou com a prata em Atlanta-1996, o gaúcho garantiu o bronze em prova vencida pelo britânico Tom Dean.
“Não sei até agora ainda (o que senti). Parece que estou travado no tempo. Quando caí para a prova, não estava pensando em tempo, colocação. Só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro” – disse Scheffer logo após sair da piscina.
Léo de Deus no caminho para o pódio
De volta ao Centro Aquático de Tóquio, Leonardo de Deus deixou o Brasil com esperança de nova medalha nas finais da quarta-feira no Japão. O sul-matogrossense classificou-se para a final dos 200m borboleta com o segundo melhor tempo da semifinal, atrás somente do fenômeno húngaro Kristof Milak. A disputa por um lugar no pódio acontece às 22h49 (de Brasília).
“Eu sabia que estava bem no meio dos dois mais rápidos da prova e que são bem agressivos na parcial. Já fui com esse mindset de fazer a minha prova. Treinei para fazer isso. Minha primeira final olímpica com 30 anos, sou o titio da final.”
Recorde com frustração
Ana Sátila conquistou em Tóquio seu melhor resultado em Olimpíadas, mas não ficou satisfeita. Em sua terceira participação olímpica, a canoísta ficou em 13ª no K1 (caiaque), só que não conseguiu cumprir a meta de chegar à final. Ana volta ao Centro de Canoagem Slalom Kasai nesta quarta-feira, 28, às 0h50 (de Brasília), para disputar a eliminatória do C1, prova em que foi bronze no Mundial de 2017. Pedro Gonçalves também inicia o páreo no K1.
“Eu sabia que tinha nível para estar nas duas finais e lutar por medalha. É um momento muito difícil para qualquer atleta. O foco agora é descansar. Pegar as coisas positivas e usar na minha próxima competição” – lamentou.
Ketleyn não consegue repetir Pequim
Medalhista de bronze em Pequim-2008, Ketleyn Quadros foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura e entrou no tatame como esperança de pódio na categoria até 63kg do judô. Depois de duas vitórias e uma derrota nas eliminatórias, a brasileira teve a chance de disputar o bronze, mas acabou derrotada na repescagem pela holandesa Juul Franssen. Entre os homens, Eduardo Yudy caiu na primeira luta da categoria até 81kg para o israelense Sagi Muki. (Da Redação com ge)
Comente este post