Weber Andrade*
Histórias de pescador são as melhores. E eu disse ‘história’, não estórias, que são muito comuns no meio. A diferença na grafia traduz um abismo entre o real e a fantasia. Nesta sexta-feira, 1º de dezembro, fomos à procura de uma história e acabamos por ouvir outras, muito boas, do agora nosso amigo, Adalto Vermelho.
A outra história, onde Adalto é personagem fundamental, contaremos em matéria exclusiva neste sábado, 2.
Adalto é pescador desses de passar dias – e noites – em alto mar ou mesmo numa lagoa qualquer, fazendo o que mais gosta depois que se aposentou do serviço público. Foi servidor da Secretaria Municipal da Fazenda, em Barra de São Francisco e lá fez muitos amigos.
Na pescaria, tem como parceiros, pescadores antigos como Cícero Heitor Pontes Pereira e Augusto Chipolesch, mas conta que tem parceiros de pesca jovens, como o advogado Bruno Santiago.
Em conversa com este jornalista, pediu que intermediássemos uma conversa com o prefeito Enivaldo dos Anjos para um projeto de pesca esportiva no Clube Rei Pelé.
E foi em meio a esse bate-papo, que ele nos contou a incrível história de um pirarucu que habita o lago do Clube Rei Pelé desde quando o local pertencia ao Luís Augusto e se chamava Pesque Pague Paraíso.
Adalto que tem sobrenome que lembra peixe – Vermelho – disse que, um dia, estava por lá conversando com o amigo, Luís, que lhe pediu para pescar um pirarucu que habita o lago e que teria mais de 150 quilos.
“Tentei cinco vezes, fui até o meio do lago, levei iscas diversas e consegui fisgar o bicho. Na primeira, com um anzol bem potente, ele pulou bastante e se desvencilhou. Nas demais, fui aumentando a capacidade dos anzóis, mas não tinha jeito, o bicho era muito valente e acabou escapando de todas”, relata.
De acordo com Adalto, o pirarucu ainda habita e reina sobre o grande lago, mas ele tem uma solução radical para retira-lo de lá. “Se o prefeito deixar, vou chamar o meu amigo Romildo – policial da reserva – e vamos fisga-lo de novo. O Romildo é bom de tiro, então, quando o bicho estiver perto, dá um tiro na cabeça dele e vamos comer peixe por um bom tempo.”
*Weber Andrade é cronista e editor de Conteúdo do tribunanorteleste
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