Weber Andrade
A princípio pensaram que fora o Zé Linguiça, depois lançaram suspeita também sobre o locutor da rádio Jovem Barra FM, Maurício Ferreira…Este poderia ser o início da história da investigação sobre a morte de 17 carneiros e carneiras, na propriedade de Narciso Coimbra e seu filho Hiram, no córrego da Penha.
Mas, porque o Maurício ou o Zé Linguiça, perguntariam os leitores. É que os dois foram suspeitos também de terem concedido uma entrevista à rádio, em nome do temível Chupacabras, este sim, – seja lá o que for, o mais provável autor do crime bárbaro que, como brincou o próprio Hiram, valorizou em centos por cento, os lotes da família no córrego de Penha.
O certo é que o responsável ou responsáveis por aquela matança beberam todo o sangue dos animais. Penso que a festa foi feita, quase concordando com o prefeito Machado, por uma nova linhagem de Dráculas, menos nociva ao ser humano, já que suga apenas o sangue dos bichos.
Com essa crônica, escrita e publicada no efêmero jornal Jovem Barra, que ajudei a fundar em 1997, dei o meu pitaco sobre o, até hoje, inexplicado caso dos animais mortos no córrego da Penha, onde hoje se localiza o bairro Nossa Senhora da Penha que, por muitos anos ficou conhecido como “Chupacabras”, por causa do sinistro episódio, ocorrido em uma noite de sábado para domingo, no final de agosto de 1997.

Naquela época, as notícias sobre ataques do Chupacabras pipocavam pelo país afora. O repórter Paulo César Andrade, o Paulinho Caipora, cria do bairro Campo Novo foi um dos primeiros a dar detalhes do acontecimento. Todos os animais apresentavam perfurações na garganta e mordeduras em partes inferiores como as pernas.

Autoridades como o secretário de Saúde da época, José Cipriano da Fonseca, o Zezinho Cipriano, o prefeito na altura, José Honório Machado, que é bioquímico e o veterinário Mateus Ferreira, estiveram no local examinando os animais. Dos três, apenas Zezinho Cipriano não emitiu diagnóstico na época.
Machado levantou a tese de a mortandade teria sido provocada por morcegos hematófagos gigantes e migratórios, mas a tese não encontrou eco.
Já o veterinário Mateus Ferreira foi categórica e disse que o ataque tinha ’perfil canino’, embora ninguém soubesse explicar a total ausência de sangue nos animais.
O fenômeno Chupacabras
Quando o ataque aconteceu em Barra de São Francisco, o fenômeno Chupacabras estava no auge do noticiário por todo o país. Relatos de ataques a carneiros e galinhas pipocavam. Curiosamente, Barra de São Francisco foi o penúltimo sítio onde houve registro dos ataques. O último aconteceu em um município do sul da Bahia e, depois, nunca mais se ouviu falar de ataques do Chupacabra até o presente momento.
Mas, antes dele aparecer por aqui houve relatos de casos no México, Porto Rico, Estados Unidos e até Austrália.
Na Costa Rica, foram encontradas 150 galinhas mortas, todas apresentando duas perfurações no pescoço e sem uma gota de sangue.
Nos Estados Unidos, em 1966, uma criatura foi apresentada pela primeira vez e teria como características, os olhos avermelhados, asas semelhantes a de morcegos e garras afiadas denominada Monthman ou ‘homem traça’ e, durante os 30 anos posteriores, nada mais se ouviu falar sobre ele.
A figura (ilustração acima), também foi vista e teve relato de ataques no México, antes de chegar ao Brasil. A revista UFO, de 1997, publicou uma reportagem especial com o desenho do terrível Chupacabras.
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