O início da carreira política foi quase que acidental. Em 2008, Euzeni (Euza) Borges Ker, professora de ensino fundamental na rede municipal, foi convidada por um amigo, Carlos Almondes, que presidia o PMN, para se candidatar a vereadora visando a preencher a cota legal de vagas femininas na chapa.
Euza respondeu que não aceitava a proposta para preencher cota, mas aceitava se fosse para disputar a vaga de verdade. “Entrei com a cara e a coragem, com apoio da família e de amigos e tive 227 votos, ficando com uma das vagas na Câmara.”
Assim começou a carreira política da vereadora Euza, que desde então não perdeu uma única eleição: vai completar 16 anos na Câmara.
Em duas eleições, foi a mais votada – em 2012 e em 2020. Quando se reelegeu em 2012, triplicou seus votos, saindo das urnas com 609 votos, o que a cacifou para se tornar a primeira mulher a presidir a Câmara do município, de 2013 a 2014. “Foi um tempo muito difícil, de muita perseguição política, muita calúnia. Fiquei três meses afastada do cargo por denúncias vazias”, recorda-se Euza.
A resposta do eleitor veio na eleição seguinte, em 2016: ela se reelegeu para o terceiro mandato com 574 votos e todos os vereadores que tentaram cassá-la perderam a eleição. Nessa época, já estava no PSD. “Fui para o partido depois que conheci o Enivaldo (dos Anjos), que me ajudou muito nesse tempo de perseguição”, observou.
Em 2012, Enivaldo, a pedido de Gilberto Kassab, fundou o PSD no Espírito Santo e pelo partido se elegeu deputado em 2014, 2018 e prefeito em 2020. A carreira de Euza continua ascendente e em 2020 ela bateu seu próprio recorde, com 616 votos.
E, graças a essa carreira brilhante, a vereadora Euza Ker, prima da secretária da Educação de Barra de São Francisco, Delma Ker, está sendo cobiçada pelos dois lados da política de Mantenópolis para ser candidata a vice-prefeita. Mas, por suas declarações de lealdade política, se o convite se confirmar, Euza tende a aceitar o convite da chapa que for apoiada pelo prefeito Enivaldo e pelo deputado estadual Mazinho dos Anjos.
“Eu não conhecia Mazinho, mas conhecia bem o Enivaldo. Ele pediu e nós apoiamos. Mazinho teve excelente votação em Mantenópolis e, agora, o grupo quer permanecer unido e lançar não apenas uma chapa forte para a Câmara, mas fazer o sucessor do Hermínio Espanhol (o prefeito está em seu segundo mandato e não poderá mais disputar a reeleição)”, comenta Euza.
A professora Euzeni é casada há 40 anos com o servidor público municipal aposentado José Carlos Ker, tem um casal de filhos e quatro netos (18, 16. 9 e 3 anos). O filho é o Pastor Jota, em uma igreja batista em Castelo, no Sul do Estado, e a filha, Dayane Ker Moretson, seguiu os passos da mãe e tornou-se professora de educação infantil no município. (Da Redação com José Caldas da Costa)
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