Um grupo armado interceptou um comboio da Força Nacional de Segurança Pública na região da aldeia mãe de Barra Velha, em Porto Seguro, na manhã desta sexta-feira (4) e resgatou cinco homens detidos por porte ilegal de armas.
Segundo a corporação, o comboio foi cercado por cerca de dez veículos e, sob ameaça, os agentes optaram por liberar os presos e evitar un conflito com maiores e mais graves consequências.
As armas – duas pistolas 9mm e um revólver calibre.38 – foram mantidas sob custódia dos agentes da FN e encaminhadas à Delegacia da Polícia Federal.
O episódio ganhou repercussão na imprensa estadual e nacional e levou ao reforço do policiamento com apoio da Polícia Militar da Bahia.
A Polícia Federal assumiu a investigação do caso, que envolve grave tensão entre forças de segurança e comunidades indígenas no extremo sul da Bahia.
Em nota divulgada neste sábado (5 de julho), o Conselho de Caciques do Território Indígena Barra Velha repudiou as acusações contra lideranças indígenas, afirmando que não houve emboscada e classificando as prisões como arbitrárias.
Segundo o documento, os cinco detidos seguiam pacificamente para a BR-101, sem mandado judicial ou antecedentes criminais.
A nota também denuncia abusos por parte da Força Nacional, defende a atuação do Cacique Surui – que estaria sob ameaça e com proteção federal – e critica a forma como os fatos vêm sendo noticiados por parte da imprensa.
As lideranças indígenas exigem investigação dos abusos, proteção às lideranças ameaçadas e respeito ao território homologado da Terra Indígena Barra Velha. (Da Redação com Porto Seguro Notícias)
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