O sinal de 5G puro (sem interferência de outras frequências) estreou no Brasil nesta quarta-feira, 6, em Brasília, cujo funcionamento foi aprovado na última segunda-feira, 4 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Mas, para Barra de São Francisco e todas as cidades com mais de 30 mil habitantes, a tecnologia só deve estrear a partir de julho de 2028, ou seja, dentro de dois anos, mas pode demorar até mais, segundo o cronograma da Anatel. (Saiba mais abaixo).
Próxima geração da internet móvel, a tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. Um arquivo de 5G pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema.
A tecnologia 5G permitirá a estreia da “internet das coisas”, que permite a conexão direta entre objetos pela rede mundial de computadores. Essa tecnologia tem potencial para aumentar a produção industrial, por meio da comunicação direta entre máquinas, e possibilitar novidades como cirurgias a distância e transporte em carros sem condutores.
Nos próximos anos, as operadoras deverão aumentar o número de antenas nas capitais e no Distrito Federal e, a partir de 2025, levar o 5G para cidades com mais de 500 mil habitantes. Até 2029, todas as cidades com mais de 30 mil habitantes deverão ter a nova tecnologia.
A expectativa de fontes ligadas ao setor ouvidas pelo é que o 5G estará disponível em diversos bairros das maiores cidades do país em um prazo de 2 a 4 anos após do leilão de frequências, realizado em novembro de 2021.
A tendência é que o 5G chegue aos poucos, primeiro nas grandes cidades, e vá se expandindo ao longo dos anos.
O 5G vai exigir muitas antenas para entregar todo o seu potencial e será preciso construir a infraestrutura de fibra óptica para o transporte de dados. A instalação dos equipamentos deve ocorrer gradualmente de acordo com a estratégia de cada operadora.
Veja o cronograma previsto pela Anatel:
29 de de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal (DF) tendo uma estação rádio base (ERB, ou antena) a cada 100 mil habitantes;
31 de julho de 2023: capitais e DF tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes;
31 de julho de 2024: capitais e DF tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes;
31 de julho de 2025: capitais e DF e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes;
31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2029: 100% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes.
Nos municípios com até 30 mil habitantes, a Anatel determina a instalação de até 5 estações rádio base, conforme o tamanho da população. Veja o cronograma para estas cidades:
31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes.
(Da Redação com g1 Tecnologia)
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