No Espírito Santo, em 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 4,7%. A taxa aumenta com a idade, atingindo 15,7% entre as pessoas de 60 anos ou mais. Na Grande Vitória, essas taxas foram de 2,5% e 8,1%, respectivamente.
No Brasil, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2022, foi de 5,4%, enquanto a dos homens foi de 5,9%. No Espírito Santo, a situação se inverte, com as mulheres apresentando taxa de 5,1%, maior que a dos homens (4,4%).
A taxa de analfabetismo para pessoas pretas ou pardas (5,4%) foi mais alta que a observada entre as pessoas brancas (3,5%) no Espírito Santo. No Brasil, essa diferença é maior: 7,4% para pessoas pretas ou pardas e 3,4% para pessoas brancas.
Em 2022, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram, pelo menos, a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – alcançou 53,2% no Brasil e 52,1% no Espírito Santo, ultrapassando o valor de 50,0% pela primeira vez.
No Brasil, o percentual de pessoas com o ensino superior completo passou de 17,5%, em 2019, para 19,2%, em 2022. No Espírito Santo, esse percentual aumentou, de 16,6% para 18,5% no mesmo período.
Em 2022, o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade no Brasil e no Espírito Santo foi de 9,9 anos. Na Grande Vitória, o número médio foi de 11,0 anos. Já em Vitória o indicador chegou a 12,6 anos.
No Espírito Santo, entre as pessoas que frequentavam escola ou creche em 2022, 74,2% frequentavam a rede pública e 25,8% a rede privada. No Brasil, do total de estudantes, 72,4% frequentavam escola pública enquanto 27,6% estavam em escola privada.
Em 2022, a taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos, independentemente do curso frequentado, foi de 91,2% no Espírito Santo. Já a taxa de frequência escolar líquida foi de 69,9%. Para os jovens de 18 a 24 anos, essas taxas foram de 32,1% e 26,2%, respectivamente.
No Espírito Santo, em 2022, entre as pessoas de 15 a 29 anos de idade, 16,3% estavam ocupadas e estudando; 17,1% não estavam ocupadas nem estudando; 25,9% não estavam ocupadas, porém estudavam; e 40,7% estavam ocupadas e não estudando.
Esses são alguns destaques do módulo temático da PNAD Contínua sobre Educação, com dados para 2022. As informações completas da pesquisa estão emhttps://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?=&t=sobre
Taxa de analfabetismo é de 4,7% no Espírito Santo
No Brasil, em 2022, entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo foi de 5,6%. Em relação a 2019, houve uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) dessa taxa no País.
Já no Espírito Santo, em 2022, entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo foi de 4,7%. Em relação a 2019, houve uma redução de 0,1 ponto percentual (p.p.) na taxa de analfabetismo do Estado.
Com o objetivo de estabelecer metas, estratégias e diretrizes para a política educacional brasileira e promover avanços educacionais no País, o Plano Nacional de Educação – PNE, instituído pela Lei n. 13.005, de 25.06.2014, determinou, na Meta 9, a redução da taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais para 6,5%, em 2015, e a erradicação do analfabetismo ao final da vigência do Plano, em 2024. Desde 2016, quando atingiu a taxa de 5,7%, o Espírito Santo havia cumprido a meta intermediária de 6,5%.
Nota-se que o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2022, a taxa de analfabetismo no grupo etário de 60 anos ou mais era de 16,0% no Brasil, 15,7% no Espírito Santo e 8,1% na Grande Vitória.
Nos grupos etários mais novos, o analfabetismo apresentou queda. Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças.
Mulheres x homens
No Brasil, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2022, foi de 5,4%, enquanto a dos homens foi de 5,9%. No Espírito Santo, a situação se inverte, com as mulheres apresentando taxa de 5,1%, maior que a dos homens (4,4%).
Pretas ou pardas x brancas
Na análise por cor ou raça, é expressiva a diferença da taxa de analfabetismo entre pessoas brancas e pretas ou pardas no Brasil. Em 2022, 3,4% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 7,4% entre pessoas de cor preta ou parda (diferença de 4,0 p.p.).
No Espírito Santo, essa diferença é menos acentuada (1,9 p.p.): 3,5% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que sobe para 5,4% entre pessoas de cor preta ou parda. No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcançou 10,6% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 20,1%. Nesse grupo etário, se comparados os dados de 2022 com 2019, verifica-se uma queda de 2,0 p.p. para pessoas de cor branca e de 2,5 p.p. para pretas ou pardas.
Nível de instrução e anos de estudo
No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram, pelo menos, a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 53,2% em 2022 (52,1%, no Espírito Santo).
Pela primeira vez esse percentual ultrapassou 50,0%, tanto no Brasil como no Espírito Santo.
Em 2022, no Brasil, mais da metade das mulheres (55,2%) passaram a ter, ao menos, o ensino médio completo, enquanto entre os homens esse percentual também passou a ser mais da metade (51,0%).
Já no Espírito Santo, esses percentuais foram de 53,7% para as mulheres e 50,5% para os homens.
Com relação à cor ou raça, 60,7% das pessoas de cor branca no País haviam completado, no mínimo, o ciclo básico educacional (56,9%, no Espírito Santo). Entre as pessoas de cor preta ou parda, esse percentual foi de 47,0% (49,4%, no Espírito Santo). Isso mostra uma diferença de 13,7 p.p. entre os dois grupos analisados no Brasil, enquanto, no Estado, essa diferença fica em 7,5 p.p.
Nível superior
No Brasil, o percentual de pessoas com o ensino superior completo passou de 17,5%, em 2019, para 19,2%, em 2022. No Espírito Santo, esse percentual passou de 16,6% para 18,5% no mesmo período.
Em 2022, possuíam o ensino médio completo 29,9% das pessoas no Brasil e 29,7% no Espírito Santo.
Do total de pessoas de 25 anos ou mais de idade no País, 6,0% eram sem instrução (5,1%, no Espírito Santo); 28,0% tinham o ensino fundamental incompleto (29,2%, no Espírito Santo);
7,8% possuíam ensino fundamental completo (8,3%, no Espírito Santo) e 5,0% tinham ensino médio incompleto (5,2%, no Espírito Santo).
Anos de estudo
No Brasil, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 9,9 anos. Entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 10,1 anos, enquanto para os homens, 9,6 anos. Com relação à cor ou raça, mais uma vez, a diferença foi considerável, registrando-se 10,8 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 9,1 anos para as de cor preta ou parda.
No Espírito Santo, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, seguiu a do País, com 9,9 anos. Entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 10,0 anos. Já para os homens, o número médio chegou a 9,8 anos. Na análise por cor ou raça, verificou-se o número médio de 10,5 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 9,5 anos para as de cor preta ou parda.
Na Grande Vitória, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 11,0 anos. Entre as mulheres, 11,0 anos; entre os homens, 11,1 anos; para as pessoas de cor branca, 12,2; e para as pretas ou pardas, 10,5 anos.
Em Vitória, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 12,6 anos. Entre as mulheres, 12,4 anos; entre os homens, 12,8 anos; para as pessoas de cor branca, 13,9; e para as pretas ou pardas, 11,6 anos.
Frequência à escola ou creche
Para auxiliar o monitoramento do acesso, do atraso e da evasão do sistema de ensino brasileiro, utilizam-se dois indicadores como referência: a taxa de escolarização e a taxa ajustada de frequência escolar líquida. O primeiro indicador retrata a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessa mesma faixa etária. O segundo indicador representa a razão entre o número de estudantes com idade prevista para estar cursando uma determinada etapa de ensino (incluindo também as pessoas nessa faixa que já concluíram pelo menos essa etapa) e a população total na mesma faixa etária.
Taxa de escolarização
No Brasil, em 2022, entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi de 36,0%. Já no Espírito Santo, entre as crianças do mesmo grupo etário, a taxa de escolarização foi de 36,6%, enquanto entre as crianças de 4 a 5 anos, essa taxa foi de 93,4%.
A taxa de escolarização para as pessoas de 6 a 14 anos de idade, em 2022, foi de 99,4%, no Brasil; 99,3% no Espírito Santo; 99,7% na Grande Vitória e 100,0% em Vitória.
A taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos foi de 92,2% no Brasil; 91,2% no Espírito Santo; 92,8% na Grande Vitória e 98,6% em Vitória.
Em 2022, a taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos, independentemente do curso frequentado, foi de 30,4% no Brasil (32,1% no Espírito Santo; 36,5% na Grande Vitória e 50,3% em Vitória).
Taxa de frequência escolar
Apesar das elevadas taxas de escolarização, chamam a atenção os resultados que indicam a adequação entre a idade e a etapa do ensino frequentado. Para esse monitoramento, utiliza-se a taxa ajustada de frequência escolar.
Em 2022, a taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos, independentemente do curso frequentado, foi de 91,2% no Espírito Santo. Já a taxa de frequência escolar líquida foi de 69,9%. Isso significa que um grupo de crianças chega atrasado ao ensino médio, ou mesmo deixa de estudar no fundamental. Em muitos casos, essa situação pode vir a se intensificar na etapa escolar seguinte.
As pessoas de 18 a 24 anos de idade são aquelas que idealmente estariam frequentando o ensino superior, caso completassem a educação escolar básica na idade adequada. Contudo, o atraso e a evasão escolar estão presentes tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. Consequentemente, muitos jovens entre 18 e 24 anos já́ não frequentavam mais a escola e alguns ainda estavam frequentando as etapas da educação básica obrigatória.
Em 2022, a taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos, independentemente do curso frequentado, foi de 32,1% no Espírito Santo. Já a taxa de frequência escolar líquida foi de 26,2%.
Condição de estudo e ocupação
Em 2022, no Brasil, dentre as pessoas de 15 a 29 anos de idade: 15,7% estavam ocupadas e estudando; 20,0% não estavam ocupadas nem estudando; 25,2% não estavam ocupadas, porém estudavam; e 39,1% estavam ocupadas e não estudando.
No Espírito Santo, em 2022, dentre as pessoas de 15 a 29 anos de idade: 16,3% estavam ocupadas e estudando; 17,1% não estavam ocupadas nem estudando; 25,9% não estavam ocupadas, porém estudavam; e 40,7% estavam ocupadas e não estudando.
No Brasil, entre as mulheres, 25,8% não estavam ocupadas nem estudando ou se qualificando e, entre os homens, 14,3%. Entre as pessoas de cor branca, esse percentual era de 15,8% e, entre as de cor preta ou parda, 22,8%.
Em 2022, 22,0% das mulheres e 12,4% dos homens não trabalhavam nem estudavam no Espírito Santo. Entre as pessoas de cor branca, esse percentual era de 13,1% e, entre as de cor preta ou parda, 19,1%. (Da Redação com Agência IBGE)
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