A primeira reunião de trabalho criado pelo Governo da Bahia para tratar dos conflitos agrários no extremo Sul do Estado será realizada nesta segunda-feira (24), às 15 horas, na Serin, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O Governo do Estado anunciou a criação do grupo na quarta-feira (19), em meio ao aumento das tensões entre proprietários rurais, indígenas e supostos indígenas na região.
Na quinta-feira (20), 150 homens das Polícias Civil e Militar fizeram uma megaoperação na região do Prado, detiveram cerca de 15 pessoas e aprenderam grande quantidade de armas, algumas de grosso calibre.
O anúncio foi realizado pelos secretários de Relações Institucionais (Serin) Adolpho Loyola e da Segurança Pública (SSP) Marcelo Werner durante agenda em Teixeira de Freitas.
A criação de operação nos moldes da Operação Safra, que já é realizada na região oeste há mais de 10 anos, também foi discutida durante a ida dos secretários ao município.
Além da representação do próprio governo estadual, o grupo contará com representantes da Federação da Agricultura da Bahia (FAEB) e dos povos originários.
“Com o compromisso do governador Jerônimo, que determinou a nossa vinda para Teixeira de Freitas, vamos construir esse grupo, com a participação das partes envolvidas, para, a várias mãos estabelecer esse diálogo, gerando assim mais segurança para a região. E o papel da Serin é esse, a interlocução com os movimentos sociais, as representações de classe e os outros entes do governo”, afirmou Loyola.
De acordo com Marcelo Werner, uma ação nos moldes da Operação Safra da região Oeste está sendo planejada para o Extremo Sul.
“Além do aumento do nosso efetivo da Polícia Militar na região, vamos destacar nossas equipes da Polícia Civil, da coordenação de conflitos agrários, para a mediação da situação, e, também faremos com rigor a investigação de crimes que possam ter sido cometidos. Então trabalharemos na mediação, na repressão qualificada e na investigação, de forma integrada, garantindo assim mais segurança para todos”, explicou Werner.
Proprietários informam que mais de 80 fazendas foram invadidas nos últimos dias, aumentando a tensão na região. Grupos de Whatsapp denunciam a infiltração de organizações criminosos no movimento indígena. (Da Redação com SESP-BA)
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