Vitória já terminou 2023 com um retrospecto muito negativo em termos de homicídios, sendo a única cidade da Região Metropolitana a aumentar seus índices, e, se mantiver o que aconteceu neste início de ano, vai dar muito trabalho para as autoridades. As contas não são tão simples, mas a capital está com média de 0,7 homicídios diários nos sete primeiros dias de 2024.
Esses dados projetam 260 homicídios para o ano, enquanto em 2023 foram 85, que já superaram os 70 de 2023, e que já foi maior que os 67 registrados, consecutivamente, em 2021 e 2022. Pode ser assustador pensar em 260 homicídios anuais na capital, mas, desde que a série histórica começou em 1996, Vitória já foi até mais violenta do que isso.
Em 1996 foram 223 homicídios, com crescimento nos anos seguintes: 277 em 1997; 287 em 1998 e 293 em 1999. Houve queda nos anos seguinte para a casa da centena, mas os índices em dois dígitos somente começaram a ser registrados em 2015, quando houve 74 homicídios, uma redução de 43,5% em relação ao ano de 2014.

Depois disso, o único ano em que Vitória teve mais homicídios que em 2023 foi no ano de 2017, quando houve a fatídica greve do mês de fevereiro na Polícia Militar e o Espírito Santo registrou, somente naquele mês, 227 homicídios. Para ter-se uma ideia do que isso significa, no mês anterior haviam ocorrido 122 homicídios dolosos em fevereiro. E, mesmo assim, dos 227 no Estado, apenas 16 foram em Vitória – mas no ano anterior haviam sido apenas quatro.
Mas o que está provocando esse aumento nos homicídios da capital do Estado? O secretário de Estado de Segurança, coronel Alexandre Ramalho, tem a resposta na ponta da língua: “O tráfico travou uma severa disputa na capital”.
Questionado se organizações criminosas de fora, como Comando Vermelho e PCC (Primeiro Comando da Capital), estariam querendo tomar o controle do tráfico no Estado, Ramalho refutou: “Não procede. O embate é interno entre os traficantes. A criminalidade de fora quer é vender armas e drogas”. (Da Redação)
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