
Depois de não saírem do impasse no primeiro encontro na Bielorrúsia, as delegações de Ucrânia e Rússia voltam a se encontrar para a segunda rodada de negociações nesta quarta-feira (2), informa a agência russa de notícias Tass, com base em fontes do governo.
Mas, enquanto isso, tropas russas continuam avançando em direção à capital Kiev, atingida por explosões nesta terça-feira (1) perto de um memorial para um massacre de judeus na Segunda Guerra Mundial, bem como na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. O presidente Zelensky acusou a Rússia de crimes de guerra por atacar civis.
REFUGIADOS
O jornal norte-americano The New York Times noticiou que a invasão russa da Ucrânia entrou em seu sétimo dia, com cerca de 660 mil refugiados buscando ajuda na Polônia, Hungria, Moldávia, Romênia e Eslováquia, segundo a agência de refugiados da ONU. Os Estados Unidos planejam barrar aviões russos do espaço aéreo americano em breve, disseram autoridades norte-americanas.
A campanha militar russa parece ter mudado para atingir áreas civis com armas cada vez mais poderosas. As Nações Unidas disseram que pelo menos 136 civis, incluindo 13 crianças, foram mortos até agora, e o presidente Zelensky acusou a Rússia de crimes de guerra. Um projétil atingiu a principal torre de rádio e televisão de Kiev, matando cinco pessoas e forçando estações de televisão fora do ar, segundo autoridades ucranianas. A explosão ocorreu perto do Centro Memorial do Holocausto Babyn Yar, atraindo críticas de Israel.
JARDIM DE INFÂNCIA
Vídeos verificados pelo The Times na terça-feira mostram grandes danos em pelo menos dois grandes prédios de apartamentos na cidade de Borodyanka, cerca de 35 milhas a noroeste de Kiev. Os vídeos mostram que partes de ambos os prédios de cinco andares desabaram, incluindo uma seção de aproximadamente 20 metros de largura.
Os prédios cercam um grande pátio que contém o Pinóquio Jardim de Infância, cujo playground também foi danificado. As escolas do país estão fechadas desde 21 de fevereiro, de acordo com o governo ucraniano.
Os meios de comunicação ucranianos não informaram imediatamente mortes ou o número de feridos. Mas testemunhas nos vídeos disseram que estavam procurando por sobreviventes depois de ouvir vozes sob os escombros. Testemunhas e o vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disseram que os danos foram resultado de ataques aéreos russos.
PRÉDIOS
Outros vídeos e fotos postados nas redes sociais na terça-feira mostraram intensos combates em Borodyanka. Em uma rotatória ao lado dos prédios de apartamentos devastados, outras estruturas foram danificadas e um veículo identificado por pesquisadores de código aberto como um lançador de foguetes múltiplos russo Tornado-G estava em chamas. E bombardeios de tanques atingiram outro prédio de apartamentos a 800 metros de distância.
ESPAÇO AÉREO FECHADO
O presidente Biden anunciou que os Estados Unidos proibirão aeronaves russas de voar pelo espaço aéreo americano, após medidas da União Europeia e do Canadá para fechar o espaço aéreo para voos de passageiros da Rússia e para aviões usados por oligarcas russos, disseram dois funcionários do governo na terça-feira.
Foi o mais recente esforço coordenado do governo de Biden e dos aliados da Otan para infligir dor ao presidente Vladimir V. Putin e seus apoiadores mais próximos.
RENDIÇÃO
Atormentados pela baixa moral, bem como pela escassez de combustível e alimentos, algumas tropas russas na Ucrânia se renderam em massa ou sabotaram seus próprios veículos para evitar combates, disse um alto funcionário do Pentágono nesta terça-feira.
Algumas unidades russas inteiras depuseram suas armas sem lutar depois de enfrentar uma defesa ucraniana surpreendentemente rígida, disse o oficial. Um número significativo das tropas russas são jovens recrutas mal treinados e mal preparados para o ataque total. E, em alguns casos, as tropas russas abriram buracos deliberadamente nos tanques de gasolina de seus veículos, presumivelmente para evitar o combate, disse a autoridade. (Da Redação com noticiário internacional)
Foto em destaque na capa: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters
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