Por José Marcelo Santos*
Não foi só no Palácio do Planalto que a nota da embaixada estadunidense em defesa das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro fez acender a luz amarela. No alto comando da Caserna também, segundo um general três estrelas confidenciou à coluna Ponto e Vírgula, sob a condição de anonimato. É que segundo o general, os ocupantes do alto escalão das Forças Armadas brasileiras entenderam que ao ser referendada pelo governo dos Estados Unidos, por meio do órgão equivalente ao ministério das relações exteriores de lá, a nota manda um recado direto para as forças armadas brasileiras, a respeito da legitimidade do nosso sistema, apontado por eles como modelo para o mundo. Isso sem contar que o parlamento estadunidense já estuda cortar ajuda militar ao Brasil, em função dessa situação envolvendo as urnas.
Segundo o mesmo general, existe um acordo tácito do alto escalão da Caserna para se afastar cada vez mais das discussões polêmicas envolvendo urnas, eleições e o sistema eleitoral brasileiro. Ao falar sobre o tema, ele disse à Ponto e Vírgula que o envolvimento com toda essa falsa polêmica em torno das urnas eletrônicas é um ato exclusivo dos generais de pijama, termo usado para descrever aqueles que não estão mais na ativa, mas que ganharam sobrevida pública ao exercerem cargos no governo. Dos generais da ativa, disse, existe o compromisso institucional e a certeza de que os governos passam, mas as instituições permanecem.
Embaixada Britânica também se manifestou
Depois da embaixada dos Estados Unidos, foi a embaixada Britânica que saiu em defesa das urnas eletrônicas nesta quinta-feira, 21. “Acreditamos na força da democracia do Brasil, que conta com instituições sólidas e transparentes. Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência”, diz a nota. Além das embaixadas, até agora todas as instituições brasileiras que se manifestaram foram unânimes em destacar a impossibilidade de fraude no sistema. A mais recente foi a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é o serviço secreto do país.
*José Marcelo Santos é mineiro de Governador Valadares, jornalista e acupunturista, radicado em Brasília e escreve a coluna Ponto e Virgula, no site maisbrasil.news
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