A produção de uvas de mesa em Barra de São Francisco já chegou a atingir 20 toneladas, há cerca de oito anos e hoje, está estimada em pouco mais de 10 toneladas, segundo dados do IBGE. Produtores pioneiros, como José Alonso Silva, o Zé Cota, do córrego Queira Deus, continuam investindo na cultura, mas a expansão ainda é pequena.
Na região do vale do Itaúnas estão a maior parte dos plantadores de uva do município, embora a região do Itá e córrego Santa Angélica também tenham produtores regulares da fruta.
Esta semana, esses produtores estão recebendo uma boa notícia: O prefeito Enivaldo dos Anjos (PSD), após a notícia da inclusão de 31 municípios do Norte capixaba, dentre eles Barra de São Francisco, na área de atuação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevaf), e já sabe qual o melhor proveito que o município vai tirar do benefício: desenvolver fruticultura irrigada no município, especialmente a produção de uvas.
“É mais um instrumento de incentivo ao desenvolvimento da região Noroeste, diante da expectativa de implantação de duas ferrovias, uma partindo de Barra de São Francisco para Brasília, já com o contrato de autorização assinado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e a outra, passando pela nossa cidade, vindo de Ipatinga para São Mateus onde será construído o único porto do Sudeste dentro da área da Sudene”, disse o prefeito.
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Produtores
A produção de uvas vem se tornando uma das fontes de rendas de vários agricultores francisquenses, particularmente no vale do rio Itaúnas, onde já existem pelo menos dez propriedades rurais produzindo uvas de mesa do tipo niagara rosada e isabel. O agricultor, feirante e secretário municipal de Agricultura, Carlos Rubens da Silva, o Carlim da Dengue, por exemplo, vende uvas todo ano em sua barraca na feira.
Segundo ele, a produção de uvas tem dado ótimo retorno financeiro – o quilo sai a R$ 10 – e, agora, os consumidores estão indo até a propriedade para ver a produção.
“Os consumidores estão ficando cada vez mais exigentes e querem produtos orgânicos, sem agrotóxicos, por isso, tem alguns que vão até a propriedade ver a plantação. Esta semana um dos meus clientes foi até meu sítio e fez questão de escolher os cachos ainda no pé”, relata. (Weber Andrade)

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