É como quem coloca um porco-espinho no colo – sem poder abraçar, mas sem deixar fugir -, que o presidente Jair Bolsonaro vai para um almoço na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta segunda-feira, 8. O encontro foi costurado pela equipe de marketing da campanha, que busca um meio de dialogar com a elite econômica de São Paulo, segundo antecipado ao longo da semana na coluna Ponto e Vírgula do jornalista mineiro radicado em Brasília, José Marcelo dos Santos, no site maisbrasil.news.
“É que entre os incidentes de percurso provocados pelas declarações de Bolsonaro estão o fato de ele ter dito que o “Manifesto em Defesa da Democracia” havia sido articulado também por banqueiros que perderam dinheiro com o Pix e ter classificado como “cara de pau” e “sem caráter” as pessoas que assinaram o documento. A Febraban assinou. A Fiesp também”, observa o colunista.
Encontro e sorrisos amarelos
“Um assessor de Bolsonaro antecipou à coluna nesta sexta-feira, 5, que depois do almoço com a Febraban, o próximo desafio é agendar encontros do presidente com o alto escalão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Bolsonaro participaria do evento da Fiesp, para o qual os presidenciáveis vêm sendo chamados, mas desmarcou. Seria na quinta-feira, 11, mesma data em que ocorrerão manifestações em São Paulo em defesa da democracia. A avaliação, segundo o assessor, é de que ter cancelado a ida tirou Bolsonaro de uma situação constrangedora, mas o colocou em posição de fragilidade diante dos empresários e que o esforço agora é para tentar contornar a crise. O mesmo assessor disse que o presidente tem consciência de que nos dois casos, os encontros acontecerão sob clima de desconfiança e sorrisos amarelos, mas admite que o momento exige, porque o presidente está fragilizado”, arremata José Marcelo. (Da Redação)
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