
Em menos de 60 dias, a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha elucidou um assassinato ocorrido no dia 23 de junho deste ano no bairro Alecrim, em Vila Velha, e prendeu um dos dois investigados pelo crime.
Raphael Oliveira de Assis foi a vítima e um dos executores foi seu próprio primo, Matheus Willian Nascimento da Silva, vulgo “Nego Doido”, que continua foragido. O outro homem identificado pela Polícia Civil foi preso na última terça-feira (13) na Operação Patruelis (do latim, que significa primos em português), na Baixada Fluminense: Andrey Santana Soeiro, vulgo “Pezinho”.
As informações, porém, somente foram divulgadas uma semana depois pela Polícia Civil, em coletiva realizada nesta terça-feira (20). A ação no Rio de Janeiro e contou com apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF/RJ).
Segundo o delegado adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Cleudes Junior, a investigação começou após homicídio no dia 23 de junho no bairro Alecrim, em Vila Velha, e os dois investigados são envolvidos com o tráfico de drogas na região.
A partir do crime, a equipe da DHPP de Vila Velha começou as primeiras diligências e descobriu dois dos possíveis autores, inclusive a partir da identificação da placa da moto utilizada por um deles.
A partir da placa, chegou-se ao proprietário, que afirmou que estava num baile funk e um amigo conhecido como Pezinho pediu a moto emprestada para buscar esposa para o baile funk. Ele emprestou. Quando a polícia mostrou o vídeo da execução, o dono da moto apontou que se tratava de Andrey, o Pezinho.
“A partir da oitiva das testemunhas, identificamos e qualificamos Matheus William, primo da vítima Rafael. Após as imagens da execução e ouvirmos as testemunhas, foi possível representar pela prisão temporária e busca e apreensão domiciliar e descobrimos alguns endereços em Serra, Vila Velha e na Baixada Fluminense, em Belfort Roxo e Nova Iguaçu”, disse o delegado.
As imagens mostram que Andrey dá o primeiro tiro nas costas de Rafhael e passa a arma para Matheus, que dá mais cinco tiros, que a perícia identificou como três no rosto e dois nos braços, gesto de defesa. Foi usado um revólver 38.
“Não há dúvidas de que são autores, conforme constatamos por vídeo, depoimentos e perícia. Eles em seguida fugiram para o Rio. Prendemos o Andrey e o Matheus ainda está foragido, possivelmente escondido numa comunidade, mas em breve vamos alcançá-lo e concluir o inquérito para enviar à Justiça”, acentuou Cleudes Júnior.
Segundo o delegado, Rafhael sofria de transtornos psicologicos, tinha esquizofrenia e havia tido discussões com avó de Andrey, pois todos moravam próximos. Alguns dias antes Rafhael teria furtado um peixe na casa da irmã de Matheus, que naquele dia deu tiros par ao alto e disse que mataria o primo, se ele aparecesse. “E foi o que aconteceu”, salientou.
Matheus já foi preso várias vezes com armas e drogas, Andrey por tráfico. “Nas investigações a gente sabia que ele havia fugido para a casa de uma tia de apelido Cacau no Rio de Janeiro. A inteligência conseguiu os endereços na Baixada e com os mandados da 4ª Vara Criminal de Vila Velha, a gente foi ao local, que é conflagrado, com apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada, para cumprir a missão sem disparar nenhum tiro”, acrescentou o delegado.
Segundo Cleudes, em conversa informais com os policiais, Andrey confessou o crime, mas eles disseram que ele confessou o crime e que tinha problemas com a vítima por causa da avó. No depoimento oficial, entretanto, Andrey optou pelo silêncio.
“Mas o inquérito tem robustas provas contra Andrey e Matheus”, disse o delegado, acrescentando que a vítima seria usuária de drogas, apesar dos problemas psicológicos.(Da Redação com SESP)
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