Com o aumento do número de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, agravado pelas chuvas de verão, a Prefeitura de Barra de São Francisco intensificou as ações de combate e prevenção. A iniciativa é liderada pelo Setor de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
Monitoramento por ovitrampas
Uma das medidas adotadas é a instalação de ovitrampas, armadilhas compostas por placas de MDF tratadas com substâncias atrativas, colocadas em recipientes com água. Essas armadilhas atraem as fêmeas do mosquito para depositarem seus ovos. Os dispositivos são recolhidos semanalmente e analisados por técnicos que contam os ovos com o auxílio de microscópios. Os dados coletados são inseridos em um aplicativo que mapeia as áreas com maior incidência do mosquito, direcionando as ações de combate.
Distribuição das armadilhas
Introduzida em 2024 pelo Governo do Estado do Espírito Santo, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a estratégia já é amplamente utilizada no estado. Em Barra de São Francisco, foram instaladas 69 armadilhas distribuídas pelos bairros, sendo: sendo: 15 no bairro Irmãos Fernandes, 21 em Vila Landinha, 10 no Centro, 3 no bairro Colina, 8 no bairro Bambé, 9 em Campo Novo e 3 no bairro Cruzeiro. Cada armadilha chega a capturar cerca de 400 ovos, impedindo a continuação do ciclo de reprodução do mosquito vetor da Dengue, Zica e Chicungunha.
A empresa terceirizada Biolife realiza o controle larval em locais com água parada, aplicando produtos químicos em bueiros, pneus e outros pontos críticos. Além disso, o carro fumacê percorre as ruas no início da noite, eliminando mosquitos na fase adulta.
No ano de 2024, foram registrados 7.019 casos suspeitos de dengue no município, com 4.697 confirmações e um óbito. Diante da gravidade, a coordenadora do Setor de Vigilância Ambiental em Saúde, Patrícia Moura de Almeida Ferreira, destacou que as ações serão reforçadas nos bairros com maiores índices de infestação.
Na última quinta-feira (16), agentes da Vigilância realizaram bloqueios químicos no bairro Campo Novo, pulverizando produtos em paredes de residências e empresas para eliminar mosquitos em repouso. Paralelamente, visitas domiciliares estão sendo feitas em vários bairros para inspecionar e eliminar focos de larvas.
Patrícia reforça a importância da colaboração dos moradores, que devem receber os agentes de combate a endemias e dedicar tempo semanal para eliminar possíveis focos de água parada.
A coordenadora explica que o ciclo do mosquito começa com ovos que podem sobreviver até um ano fora d’água. Em contato com a água, eclodem em cerca de 10 minutos, evoluindo para larvas, pupas e, em 7 a 10 dias, tornam-se mosquitos adultos. Esses insetos podem viver de 30 a 45 dias.
Medidas preventivas recomendadas
Para evitar a proliferação do mosquito, é essencial eliminar locais que acumulam água:
- Mantenha caixas d’água e cisternas vedadas;
- Limpe calhas e tampe ralos;
- Use areia nos pratos de vasos de plantas;
- Lave reservatórios de água regularmente;
- Descarte lixo corretamente e mantenha lixeiras tampadas;
- Cubra piscinas fora de uso;
- Elimine objetos que possam acumular água no quintal.
(Da Redação com informações da Secom/PMBSF)
