*José Roberto Barbosa, CEO Grupo Petrocity
O Arco Leste Brasileiro, que se estende do Sul da Bahia até o Norte do Estado do Rio de Janeiro, tem ganhado protagonismo como um novo corredor logístico nacional.
No centro dessa transformação estão os portos capixabas, que, ao lado dos portos de Caravelas (BA) e do do Açu (RJ), formam uma cadeia portuária estratégica e integrada.
Com o destacado crescimento no cenário logístico nacional e internacional, os portos do Espírito Santo consolidam o Estado como um dos principais elos entre as regiões produtivas do interior do país e o mercado global.
A costa capixaba abriga importantes estruturas portuárias, já em operação ou em fase de implantação, que ampliam a capacidade logística do Arco Leste.
Entre elas estão:
– o Terminal de Uso Privativo de Urussuquara, no município de São Mateus, que movimentará carga geral, contêineres e gás natural, com foco em cabotagem;
– os portos de Aracruz (,Portocel e Barra do Riacho, em operação, e Imetame, em implantação) com terminais privados voltados à celulose e contêiners;
– o Porto de Praia Mole, especializado em placas de aço ds indústria siderúrgica;
– o Porto de Tubarão, referência mundial na exportação de minério de ferro;
– os Portos de Vitória e Vila Velha, com perfil multiuso e vocação histórica;
– o Porto de Ubu, especializado em minério de ferro e cargas do setor siderúrgico;
– e o Porto Central, em Presidente Kennedy, voltado para cargas diversas e apoio offshore.
Somam-se a eles o projeto do Porto de Caravelas, no Sul da Bahia, e o já operacional Porto do Açu, no Norte Fluminense, ccompletando a malha marítima do Arco Leste.
Essa Infraestrutura portuária se integra de forma estratégica ao interior do país por meio do Corredor Centro-Leste, uma nova infraestrutura ferroviária, com quatro ferrovias interligadas, em implantação, que ligará Mara Rosa, no Estado de Goiás, a São Mateus, no Espírito Santo.
Esse Corredor Ferroviário permitirá o escoamento eficiente da produção do Centro-Oeste, Norte de Minas, Sul da Bahia e do Vale do Jequitinhonha, reduzindo custos logísticos, aumentando a competitividade e promovendo uma verdadeira interiorização do desenvolvimento.
As quatro ferrovias que formarão o Corredor viabilizarão, ainda, a criação de portos secos e polos industriais ao longo do traçado ferroviário, impulsionando a geração de empregos e a atração de investimentos em regiões, historicamente, desassistidas.
Com essa nova Infraestrutura, o Espírito Santo passa a ser o coração Logístico do Arco Leste.
A posição geográfica estratégica do Estado, entre os principais centros de produção agrícola, mineral, industrial e consumidor do País, aliada à diversificação dos tipos de carga e ao compromisso ambiental dos empreendimentos, fortalece o papel do Espírito Santo como protagonista de uma nova era na logística brasileira.
O Arco Leste não é apenas uma alternativa aos eixos tradicionais, saturados, como Santos e Paranaguá. Ele representa uma descentralização inteligente, conectando portos eficientes a regiões produtoras por meio de infraestrutura moderna e sustentável.
A sinergia entre os portos e as ferrovias reforça a competitividade do Brasil no mercado internacional e abre novas fronteiras para o desenvolvimento social e econômico do país.
Investir nos portos capixabas e no Corredor Centro-Leste é, portanto, investir no futuro da logística nacional. É preparar o Brasil para um novo ciclo de crescimento, onde mar e trilhos se unem para mover a economia com eficiência, sustentabilidade e visão de longo prazo.
*O autor é presidente do Grupo Petrocity – Ferrovias, Energia, Porto e Navegação
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