A Polícia Civil indiciou três pessoas envolvidas em um esquema de fraude de atestados médicos no município de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A investigação revelou que dois dos suspeitos utilizaram documentos falsificados para justificar faltas ao trabalho, enquanto um terceiro seria o responsável pela produção dos atestados forjados.
De acordo com a Polícia, os dois primeiros foram indiciados por uso de documento falso. Já o terceiro homem, apontado como o mentor da fraude, responderá por falsidade ideológica e falsificação de documento público, crimes que somados podem resultar em até 11 anos de prisão. Ele teria falsificado uma ficha da Secretaria Municipal de Saúde para dar aparência de legitimidade aos atestados.
A descoberta do esquema se deu graças à iniciativa do médico Cael Motta, cujo nome foi utilizado de forma indevida nos documentos. Ao perceber a existência dos atestados falsos, o médico reuniu provas e denunciou o caso às autoridades competentes.
“Eu busquei entrar em contato com o paciente logo após registrar o boletim de ocorrência, exatamente para me proteger em relação a qualquer coisa que pudesse acontecer. Entrando em contato com a pessoa e dando o benefício da dúvida, ele acabou fornecendo informações de como fez para conseguir esse atestado. Tendo todas as informações necessárias, eu executei o processo criminal”, explicou o médico.
Como medida de segurança, Cael Motta informou que trocou seu carimbo e a assinatura utilizados nos documentos oficiais.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9) pelo repórter André Afonso, da TV Gazeta Norte.
A Polícia Civil segue apurando se há outros envolvidos na fraude ou se o esquema já foi utilizado em outros municípios da região.
(Da Redação com A Gazeta)
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