Uma pessoa de apelido “Coleiro”, que estaria em meio à aglomeração ao fim da reuinião política da coligação Barra de São Francisco Tem Café no Bule, seria o verdadeiro alvo do tiro que acabou acertando um cabo eleitoral que participava do evento.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (30), o 11º Batalhão da Polícia Militar informou que não houve motivação política para o crime, mas sim uma tentativa de homicídio por motivos passionais. Segundo informações complementares da PM, a dupla sobre a moto tinha o objetivo de, efetivamente, matar “Coleiro”.
O delegado titular da 14ª Delegacia Regional da Polícia Civil, Leonardo Foratini, confirmou que as investigações iniciais apontam “nesse sentido, de crime passional” e que “novas diligências estão sendo realizadas a fim de corroborarmos os fatos, além de identificarmos o outro indivíduo envolvido no crime”.
Um cabo eleitoral foi atingido. Segundo fontes do Hospital Dr Alceu Melgaço Filho, sua saúde é estável e durante a semana ele passará por uma cirurgia para retirada do projétil alojado na coxa. Um vereador, que estava ao lado de J.B.S., que foi baleado, disse que levou “um baita susto” e poderia ter sido atingido, se estivesse 30 centímetros mais à frente.
“Eu e ele conversávamos, enquanto aguardávamos que o dono de uma moto tirasse o veículo para que eu saísse com o carro. De repente, surgiu a moto subindo o morro e ouvimos o estampido. Só vi a hora em que o rapaz ao meu lado caiu com o ferimento na coxa”, disse o vereador, que pediu para não ter seu nome divulgado.
O piloto da motocicleta que conduzia o atirar como carona acabou sendo imobilizado por agentes da guarda municipal, preso e conduzido à 14ª Delegacia Regional da Polícia Civil. Trata-se de Carlos Magno Gomes, recém-saído do sistema prisional, onde respondia por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Veja mais https://tribunanorteleste.com.br/um-ferido-e-um-preso-apos-tiros-ao-final-de-comicio-em-barra-de-sao-francisco/
A NOTA DA PM
Diz a nota:
“Na noite deste sábado (28.09), a PMES demonstrou sua eficiência em mais uma operação bem-sucedida, que resultou na prisão de um homem envolvido em uma tentativa de homicídio no bairro Colina, em Barra de São Francisco.
A ocorrência, que inicialmente foi noticiada de forma equivocada por alguns veículos de imprensa, ressaltando supostas tensões políticas e ações de facções criminosas, segue em investigação policial e aponta o crime como de natureza passional. Com base em depoimentos, a PM identificou que o ocorrido foi uma tentativa de acerto de contas motivada por questões pessoais.
A tentativa de envolver o caso em uma narrativa de insegurança eleitoral não corresponde aos fatos apurados. O evento não teve relação com grupos criminosos ou o ambiente político em si, como apontaram algumas reportagens.
Além disso, a Polícia Militar refuta veementemente as declarações de certos políticos que têm tentado denegrir a imagem do 11º Batalhão e da instituição como um todo para se promoverem durante suas campanhas eleitorais. A tentativa de manchar a imagem da polícia é inadmissível e revela o oportunismo de alguns políticos em se escorarem na instituição para promover suas candidaturas de maneira indevida.
Recentemente, um candidato a vereador afirmou que “[…] a PM só sobe o morro da Colina pra dar tapas na cara dos moradores […]”, em uma fala irresponsável e completamente desconectada da realidade. Os moradores do bairro Colina clamam pela presença da PM no local e têm sido tratados com respeito e dignidade em todas as operações realizadas.
A instalação da 1ª Companhia no bairro trouxe uma mudança significativa na qualidade de vida da comunidade, resultando em maior segurança e confiança na polícia. Essa falsa acusação é um desrespeito não apenas aos profissionais da PMES, mas também aos próprios moradores, que valorizam a presença policial e reconhecem o impacto positivo de nossas ações.
Em outro caso, um candidato usou falas contra a ação legítima da PM no recolhimento de veículos com diversas irregularidades e restrições, insinuando que se trataria de uma “máfia do guincho”. A afirmação é infundada e demonstra total desconhecimento da legislação e dos protocolos seguidos pela PM. Todas as apreensões são realizadas de acordo com a lei, visando proteger a segurança pública e a regularidade do trânsito.
O 11º Batalhão de Polícia Militar reafirma seu compromisso com a segurança pública e destaca que o reforço no policiamento preventivo em toda a região continua sendo uma prioridade. A PMES mais uma vez comprova sua eficiência e preparo para lidar com situações de risco, agindo de forma rápida e decisiva. O trabalho contínuo das forças policiais tem sido essencial para manter a ordem e tranquilidade da população.”
Sobre o tema, a TRIBUNA NORTE-LESTE também tem sua nota, que segue abaixo.
NOTA DA REDAÇÃO
Tendo em vista que a TRIBUNA NORTE-LESTE deu, com exclusividade, a informação do atentado, com riquezas de detalhes, ainda na noite de sábado (28), cumpre-nos esclarecer que em nenhum momento atribuímos motivações políticas para o atentado. Ativemo-nos aos fatos: falar das ameaças feitas ao longo do dia, anexando provas à reportagem, e com uma cobertura profissional com informações e imagens que comprovavam o que noticiamos. Portanto, a carapuça não nos cabe.
Este site sempre respeitou o trabalho das instituições, dentre elas a Polícia Militar, mas também não se omite em caso de necessidade de fazer ponderações críticas quando necessárias.
Reafirmamos que há, sim, investigações relacionadas a tentativas de criminosos em interferirem no processo político. E que delegados da Especializada Anti-Sequestro estiveram na cidade para levantamenos. Entretanto, essa tentativa do crime organizado de interferir no processo eleitoral não é exclusividade de Barra de São Francisco, conforme pode ser constatada na reportagem com link abaixo.
Lembramos que nossas reportagens, feitas com esmero profissional, acabam sendo reproduzidas por outros sites, alguns sequer mencionando a fonte, o que seria eticamente o correto. O tratamento que cada um dá às suas informações é responsabilidade de cada veículo, mesmo quando nos copiam. Reafirmamos também nossa esperança de que a Polícia sempre cumpra com seu dever, como instituição de Estado, a serviço da sociedade, enquanto cumpriremos com o nosso, que é de informar, sem omissão.
O sentimento de injustiça manifestado pela PM em sua nota em relação a declarações de políticos sobre o trabalho da corporação na cidade não nos dizem respeito e não possuem nenhum vínculo com nossa linha editorial.
De nossa parte, mantemos abertos os canais de diálogo com todas as instituições, sempre dentro das prerrogativas constitucionais da liberdade de expressão e cônscios de nosso papel como imprensa.
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