Um dos maiores sítios históricos do Espírito Santo, contrastando os traços da presença de afrodescendentes, em função de um dos maiores (senão o maior, como defendem alguns pesquisadores) portos de tráfico de africanos escravizados no Brasil, com a chegada dos italianos rumo às fazendas do sertão do Norte capixaba, bem como um litoral de águas mornas e diferentes opções de praias.
Isto é São Mateus, a 200km de Vitória pela BR 101 (Rodovia Governador Mário Covas), no sentido Norte, e a 68km da divisa com a Bahia, oitavo município mais antigo do Brasil e sétimo mais populoso do Estado do Espírito Santo cin 132.642 habitantes (censo de 2022). No passado do lugar estão marcados também o passos de José de Anchieta, apelidado pela Igreja Católica o Apóstolo do Brasil.
Historicamente, São Mateus comporta uma grande tradição cultural, com forte miscigenação racial e sincretismo. Os índios aimorés que habitavam a região eram batizados pelas missões católicas e depois fugiam para seus refúgios no sertão. Com os portugueses, chegou também o tráfico negreiro e este foi o principal negócio da cidade nos idos dos primeiros séculos da história do Brasil.

São Mateus foi o berço da exploração de petróleo no Estado, riqueza que projetou o município de pouco mais de 10 mil habitantes no Censo de 1970 para um dos mais importantes do Estado. Seu território também comporta, segundo a Sociedade Espirito-Santense de Agronomia, na maior diversidade de produção agrícola do Espírito Santo.
Localizada na Rota Turística do Verde e das Águas, São Mateus é uma das cidades capixabas mais antigas, fundada em 21 de setembro de 1544, apenas dez anos após a Capitania Hereditária do Espírito Santo ser entregue pelo rei de Portugal a Vasco Fernandes Coutinho. Entretanto, somente em 1764 recebeu a autonomia municipal.
É também o segundo município com maior extensão do Estado, com área de 2 338,727 km², equivalente a 5,12% do território capixaba. Limita-se ao norte com os municípios de Boa Esperança, Pinheiros e Conceição da Barra; ao sul com São Gabriel da Palha, Vila Valério, Jaguaré e Linhares; a Leste com o oceano Atlântico e a oeste com Nova Venécia. Distância da Capital do Estado, Vitória, 215 km.
CASA MUITO ENGRAÇADA
É em São Mateus, mais precisamente, no Loteamento Mar Aberto, em Guriri, que está uma das atrações mais inquietantes da região: a “Casa de Cabeça pra Baixo”, construída por Valdivino Miguel da Silva, um pedreiro aposentado que, sem ter muito o que fazer, resolveu inventar moda. E ganhou fama internacional.
Se o poetinha Vinicius de Moraes a tivesse conhecido, talvez a letra de “A Casa” fosse diferente. Afinal, a casa construída pelo pedreiro mateense tem, literalmente, tudo de “cabeça prá baixo” em seu interior. Mas ele não mora lá, e sim do lado. A casa é somente uma excentricidade que atrai muita curiosidade.
Talvez a casa represente bem o que foi o processo de colonização da região. Originalmente, chamava-se Povoado do Cricaré, mas, em 1566, o Padre José de Anchieta, que chegou ao País em 1553 com a esquadra de Duarte da Costa, segundo governador-geral do Brasil, rebatizou o povoado com o nome de São Mateus.
Anchieta veio catequizar os índios depois que Fernão de São, filho de Mem de Sá, primeiro governador geral do Brasil, foi assassinado na Batalha do Cricaré, uma tentativa do governo-geral de exterminar os índios hostis ao donatário Vasco Fernandes Coutinho.
HISTÓRIA
Os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544, mas a vila de São Mateus só passou a município em 1848.
O escritor nativo Maciel de Aguiar relata que São Mateus pertenceu à capitania de Porto Seguro por mais de 100 anos (entre os séculos 18 e 19) e que, em 1822, ainda estava vinculado à Bahia, razão pela qual estava entre os últimos a reconhecer a independência do Brasil e que em 1823 José Bonifácio baixou um “aviso” comunicando que São Mateus pertencia ao Espírito Santo, “mas o acordo com a Bahia somente foi feito em 1926”, data em que foi ajustada a questão da divisa entre os dois Estados.
É considerado o município com a maior população afrodescendente do Estado. Tal fato se dá, pois, até a segunda metade do século XIX, o Porto de São Mateus era uma das principais portas de entrada de africanos escravizados no Brasil, muito disso em função de as correntes marítimas encurtarem as viagens entre as costas africana e brasileira.
Também há a presença de descendentes de imigrantes italianos, que foram responsáveis pela colonização de parte dos sertões mateenses, lá fundando a “Nova Veneza”, que se tornou Nova Venécia.
Não há data precisa da chegada dos primeiros colonos, nem a indicação dos seus nomes, mas, pela tradição oral, os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544. Há notícias de que, sobressaltados com as frequentes investidas dos índios, os colonos de Vasco Fernandes Coutinho dividiram-se em grupos abandonando a capitania, fugindo para as capitanias mais próximas, ou dirigindo-se ao interior. Alguns desses colonos poderiam ter rumado para o Norte, em direção ao rio São Mateus.
A falta de informação sobre os primeiros anos da colonização faz com que muitos historiadores levantem hipóteses, nem sempre prováveis. Uma delas é que o povoamento de São Mateus poderia ter se iniciado com a chegada de náufragos. Na história do padre José de Anchieta lê-se que, ao passar pelo rio São Mateus, em 1596, celebrou missa para alguns náufragos.
No entanto, o mais provável é que os primeiros colonos devam ter vindo da vizinha Capitania de Porto Seguro, cujo donatário era Pero do Campo Tourinho. Pode-se afirmar, no entanto, que a documentação histórica que registra a presença mais remota de portugueses na região é a que trata da Batalha do Cricaré, ocorrida em fins de janeiro de 1558. Outra é a narração epistolar de uma viagem e missão jesuítica do padre Fernão Cardin, que veio à “Vila de Sam Matheus”, em setembro de 1583.
O estado do Espírito Santo foi o primeiro a receber uma grande leva de imigrantes italianos, por volta do ano de 1874. Estes colonos tinham por motivação as grandes mudanças políticas enfrentadas pela Europa no princípio do século XIX. Estas mudanças geraram conflitos internos na Itália, com consequências drásticas para o povo, em especial, os que habitavam as regiões limítrofes do norte daquele País.
Concomitantemente a isto, havia o fato da recente abolição da escravatura no ano de 1888, o que culminou na escassez de mão de obra especializada para o trabalho nas lavouras de café.
IMIGRANTES ITALIANOS
Em São Mateus, a primeira leva de italianos chegou no ano de 1887, a pedido do Barão dos Aymorés que, precavendo-se da eminente abolição da escravatura, solicita então ao consulado do Reino de Itália no Brasil imigrantes para trabalharem em sua fazenda, às margens da Cachoeira do Cravo, no rio São Mateus, onde hoje localiza-se Nova Venécia.
Sucessivos desembarques trazendo imigrantes italianos ocorreram no até o fim do século XIX. Quando aqui chegavam, recebiam tratamento semelhante aos que os negros escravos recebiam. Sendo assim, eram colocados em praça pública a fim de serem escolhidos pelos senhores de terra, sendo obrigados a passar pelo vexame de estenderem as mãos para os fazendeiros analisarem. Os que possuíam mãos grossas e calejadas eram levados para o trabalho nas fazendas, sendo que os que possuíam mãos finas eram taxados de preguiçosos e deixados à própria sorte.
Em 3 de abril de 1848, através de decreto do presidente da então Província do Espírito Santo, Dr. Luiz Pedreira de Couto Ferraz, a Vila Nova do Rio São Mateus foi elevada a cidade, com o mesmo nome que foi dado pelos primeiros colonizadores: São Mateus.
O povo mateense tomou conhecimento desta notícia depois do dia 13 de abril de 1848, quando foi encaminhada correspondência à câmara municipal (que era responsável pela administração naquela época, não havendo ainda prefeitos) comunicando o fato.
Para comemorar o importante acontecimento uma grande festa foi realizada nos dias 21, 22 e 23 do mesmo mês e ano. Ao ser elevado à categoria de município, o território de São Mateus totalizava uma área de 13.588 km², o que correspondia a 29,8% do território capixaba. A criação da comarca aconteceu em 23 de março de 1853.
O primeiro distrito a ser criado no município foi Serra dos Aimorés no ano de 1886, posteriormente denominado Nova Venécia. No ano de 1891 ocorre o primeiro desmembramento para criação do município de Conceição da Barra. No ano de 1935 é criado o distrito de Barra de São Francisco, sendo que este ganha foros de município através do decreto de lei 15.177 de 31 de dezembro de 1943.
Em 1949 são criados os distritos de Barra Nova, Boa Esperança, Nestor Gomes e Nova Verona, sendo que Nova Venécia emancipa-se através da Lei Estadual n°767 de 11 de dezembro de 1953. Boa Esperança desmembra-se por força da Lei Estadual n° 1912, foi em 28 de dezembro de 1963. Em 1964 são criados os distritos de Barra Seca, Itauninhas e Jaguaré, sendo que o último emancipa-se em 13 de dezembro de 1981, através da lei n° 3445.
TOMBAMENTO
A importância do Porto de São Mateus não passou em branco para a comunidade local e tampouco para o Estado. Este, em reconhecimento da relevância histórica, arquitetônica, urbanística e paisagística do Porto, promoveu o seu tombamento em nível estadual. Vale dizer que dos sítios históricos tombados pelo Conselho Estadual de Cultura – CEC, São Mateus é o único ligado ao ciclo da mandioca. Os demais sítios vinculam-se ao ciclo do café.
O tombamento do Porto de São Mateus foi instituído por meio da Resolução no01/76, datada de 18 de outubro de 1976, quando presidia o Conselho Estadual de Cultura o professor Arabelo do Rosário.
Esse tombamento abarcou 33 edifícios, térreos e sobrados, tendo sido a primeira iniciativa de tombamento de nível estadual no Espírito Santo, destaca Hermanny.
O tombamento do Porto de São Mateus foi instituído por meio da Resolução no01/76, datada de 18 de outubro de 1976, quando presidia o Conselho Estadual de Cultura o professor Arabelo do Rosário.
Depois de tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, o Sítio Histórico do Porto de São Mateus passou por diferentes iniciativas de restauração, em diferentes momentos históricos.
No mandato de Pedro dos Santos Alves (01/01/1989 a 31/12/1992) foram restaurados, por exemplo, a Câmara Municipal, o Arquivo, a Biblioteca e Secretaria de Cultura, Posto Médico e o Mercado Municipal.
FESTIVAL DE TEATRO
São Mateus foi a primeira cidade do Espírito Santo a possuir um teatro. Há registros no município de vários grupos de teatro ao longo de sua história, dentre estes podem ser citados o Grupo Mateense de Teatro Amador (GRUMATA), o Grupo Improvisando Arte Teatral (IMPROART), o Grupo de Teatro Popular, a Academia Elenco de Teatro, o Grupo Épico de Teatro, a Companhia Teatral Gêneses do Interlúdio e o Grupo de Teatro Ascensão, que realiza a encenação da Paixão de Cristo no Bairro Ponte desde 1987.
A cidade possui uma orquestra, que também atua como banda de fanfarra, denominada Lira Mateense. Fundada em 21 de setembro de 1909, caracteriza-se, ao lado da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, como os dois principais grupos do estado. Atua também na educação musical de jovens e adultos de forma gratuita tendo, atualmente, Datan Coelho como maestro. Além disso, várias outras bandas de música popular alcançaram notoriedade estadual e até nacional, podendo citar as extintas Bandoasis e Banda Black-Out, o extinto grupo Pinzindim e o grupo de forró Trio Chapahalls.
Com relação aos eventos, durante muitos anos, no mês de julho, desde 1984, acontecia, tradicionalmente, o Festival Nacional de Teatro (FENATE), com apresentações de teatro de rua e oficinas de artes cênicas, na Praça Mesquita Neto, no Centro e no Largo do Chafariz, no Porto de São Mateus, onde os grupos teatrais disputavam o Troféu Anchieta.
Desde 2012, porém, não se realiza mais o festival de teatro, que atraía para a cidade até mesmo grandes nomes do teatro nacional.
FESTAS
A população aprecia muito suas festas. Em setembro é a Festa de São Mateus e, em dezembro, a São Benedito, em dezembro, padroeiros da cidade, justificadamente pelo grande contingente afrodescendente, muitos deles ainda quilombolas.
O aniversário da cidade, que é comemorado com shows nacionais, exposição agropecuária e desfiles cívicos, e apesar de ser celebrado em 21 de setembro, as festividades ocorrem durante vários dias.
O Guriri Road Fest, um encontro nacional de motociclistas, é realizado desde 2003 na Ilha de Guriri; Festival de Verão, que consiste em uma série de shows de bandas conhecidas nacionalmente e realizado em Guriri.
No Reveillon, Guriti lota com a realização de shows com artistas regionais ou conhecidos nacionalmente, havendo ainda queima de fogos de artifícios, além de outros eventos de menor importância.
MUSEU MUNICIPAL
O prédio foi construído a partir de 1764 para abrigar a sede do Conselho Municipal, Casa da Câmara e cadeia. Na parte superior funcionava a sede da Câmara, e na inferior, a cadeia. Nas proximidades, ficava o Pelourinho. A cadeia funcionou nesse prédio até a metade do século XX e a sede da Prefeitura Municipal, até a década de 80. Com a transferência da Prefeitura para a nova sede, passou a funcionar no local a Câmara de Vereadores até 1991. Foi restaurada em 1999 e, em 2 de fevereiro de 2001, foi instalado o Museu de São Mateus.
O museu tem por missão remontar aos tempos da história do município de São Mateus. Em seu acervo, o Museu tem exposto, na parte superior, quadros pintados em grafite retratando os Barões, prefeitos e deputados. Mobiliários com a opulência dos hábitos e costumes do século XIX da aristocracia rural da cidade de São Mateus, Espírito Santo.
As peças expostas no Museu pertenceram às famílias tradicionais que residiram no Município. Móveis e louças do acervo têm o objetivo de retratar a história doméstica do Município para os alunos da educação básica, a comunidade em geral e os visitantes externos.
O Museu da História do Município de São Mateus é uma referência em todo o Estado e Brasil. Além disso, o Museu é composto de mobiliários e peças arqueológicas, que encanta os munícipes e turistas.
Na parte superior está a exposição de móveis da era colonial do Segundo Quartel do Século XIX. A exposição da parte superior tem como acervo vários móveis construídos em cedro, vinhático e jacarandá.
Inaugurada em 21 de maio de 2015, a parte térrea do museu tem como exposição diversas peças arqueológicas retiradas no Município de São Mateus em diversos bairros. São exemplos do acervo as urnas funerárias das etnias Tupi, Guarani e Aratu, usadas para sepultamentos, e a pedra, que na época serviam como machados.
A reserva técnica é um espaço para guarda definitiva dos materiais encontrados em campo e destinadas a estudos arqueológicos.
IGREJA VELHA
Quem passa pelo centro da cidade de São Mateus vê uma imensa obra inacabada. Ela chama atenção não só por estar em ruínas, mas também pelo seu tamanho. E por causa do seu aspecto ela é conhecida como Igreja Velha.
No século XIX quiseram construir uma igreja que deveria ser a maior da cidade. Mas os recursos não eram proporcionais ao tamanho do projeto. Então, em 1853, os vereadores resolveram parar as obras e destinaram o que ainda tinha de recurso para a igreja matriz já existente.
Pela parte erguida que provavelmente seria o altar mor, já que tem ali um arco cruzeiro, é possível ter uma ideia da dimensão da igreja que seria construída usando pedras vindas da Bahia nos lastros dos navios, óleo de baleia e cal extraído de conchas torradas e moídas.
Como era difícil pedras para construção na cidade, muita gente começou retirar pedras da igreja. Hoje ela está cercada por uma grade.
Localização:
Praça Anchieta
Avenida Anchieta – Centro
Rua Manoel de Andrade – Centro
São Mateus – ES
CAPELINHA DE GURIRI
A Capela Nossa Senhora dos Navegantes – a Capelinha de Guriri – está localizada na Praia de Guriri, ao lado da Passarela Nº 1 Sul. Ela fica praticamente na direção da Avenida Governador Eurico Vieira de Rezende, a principal avenida do balneário, onde estão concentrados os bares e restaurantes locais.
A Capelinha de Guriri foi construída em 1975 pelas famílias Bonomo e Cordeiro, dedicada a Iemanjá. Tempos depois, essas famílias se converteram ao catolicismo e abandonaram a capela. Porém, no ano de 2002, uma comunidade católica local iniciou, junto com os moradores, uma restauração na capela e a partir daí, ela foi convertida ao catolicismo!
E uma curiosidade: o sino da capela toca diariamente às 18 hs, chamando os fiéis para orar e receber as bênçãos de Nossa Senhora dos Navegantes. Nesse mesmo horário também é rezado o terço, de Terça a Domingo.
Localização:
Avenida Oceano Atlântico – Guriri
Lago Sul – São Mateus – ES
Distância da sede do município: 12km
VAMOS DESFRUTAR DAS BELEZAS NATURAIS: AS 8 PRAIAS
GURIRI
“Coco pequeno” na língua indígena, Guriri é uma ilha de 102 quilômetros quadrados. A praia de Guriri é a mais conhecida do município. Suas águas são mornas e límpidas e compõe uma orla de 42km de extensão de areias claras, que, em certas épocas, formam piscinas naturais. Entre Guriri e Barra Nova, encontram-se as praias do Caramujo, Oitizeiro, Brejo Velho, Aldeia do Coco, do Ranchinho e da Gameleira.
Bosque (Bosque da Praia de Guriri)
Praia tranquila, que transmite paz e sossego. É conhecida como Bosque da Praia pela quantidade de árvores que existem em sua orla.
Se desejar fazer um churrasco, poderá encontrar churrasqueiras feitas de alvenaria. É um local apropriado para levar os familiares e amigos.
Quem se aventurar a estar neste paraíso poderá levar todos os seus utensílios de praia e passar um dia deitado na areia grossa e amarelada, escutando o som das ondas do mar, caminhando ou tomando um belo banho nas maravilhosas águas de tom esverdeado.
Suas águas claras e rasas são ideais para o lazer com a família. O acesso principal e feito por Guriri.
Barra Nova
Barra Nova é um pequeno balneário em uma das pontas da Ilha de Guriri. No local, o Rio Mariricu encontra-se com o mar e forma uma linda praia para se tomar banho. As águas são mornas, as areias são largas e o rio cria uma correnteza bem gostosa para boiar e ser levado – mas com segurança.
Barra Nova tem uma boa infraestrutura de bares, pousadas e restaurantes, ao mesmo tempo que permite escolher uma área bem isolada para aproveitar o rio e o mar com poucas pessoas ao redor. Há ainda passeios de barco pelo manguezal e pelo rio, uma boa área de pesca e pedalinho para curtir ainda mais a região.
Para chegar de carro até Barra Nova, só existe uma opção: você deve ir até Guriri e então seguir pela ES-010 para o Sul, até encontrar a praça da entrada de Barra Nova.
A ES-010 fica no começo de Guriri, à direita, 400m após passar pela ponte sobre o Rio Mariricu. Há uma placa bem grande indicando a direção para o balneário.
Estando em Guriri, existem diversas outras maneiras de pegar a ES-010. Por exemplo, pegando a principal avenida no centro que corta o bairro paralelamente à praia (Av. Esbertalina Barbosa Darmiani), seguindo em direção ao Sul e virando à direita na placa da Casa Invertida. Logo após passar pela casa, é só pegar a rodovia ES-010 à direita.
Campo Grande
Com ondas leves, a praia ostenta uma grande faixa de areia que possibilita a prática de diversos esportes. Está localizada entre a vila de Barra Nova e Urussuquara. É deserta e não tem infraestrutura turística para atrair visitantes. Mas para quem quer ir em busca de descanso, é o lugar apropriado. É só preparar uma mochila, colocar comidas/bebidas e atravessar o rio.
Como atrativo turístico, pode-se pescar, realizar caminhadas, tomar banho de mar e vislumbrar a natureza. É uma praia simples, com vegetação afastada da orla, cercada por coqueiros e outras espécies de plantas da Mata Atlântica.
Para chegar de carro até Campo Grande, só existe uma opção: você deve ir sentido a Guriri e então entrar na entrada que dá acesso a estrada que vai até o Nativo, esse acesso fica no Bairro Pedra D’agua.
Outra opção seria ir até Guriri e então seguir pela ES-010 para o Sul até encontrar a praça da entrada de Barra Nova. A ES-010 fica no começo de Guriri, à direita, 400m após passar pela ponte sobre o Rio Mariricu.
Urussuquara
Urussuquara é uma praia localizada no extremo sul do município de São Mateus, junto à divisa com o município de Linhares, no Espírito Santo, no Brasil. Fica a 58 quilômetros de São Mateus.
O local é frequentado por surfistas e pessoas que desejam encontrar repouso e tranquilidade. Para o conforto dos frequentadores, existe uma boa pousada com dois bares que se localizam de frente para o mar.
Um dos principais atrativos do local é a lagoa Suruaca, muito utilizada para passeios de caiaque, mergulho e para a prática de pesca de arpão.
A vegetação predominante é a restinga, preservada, e outra singularidade são as piscinas naturais que se formam nas áreas da praia.
Outro acesso para a Urussuquara é pela estrada da Estação Petrolífera de Fazendas Cedro. Essa estrada tem início no Km 86 na Rodovia BR-101, próximo à localidade de Palmito.
Barra Seca
Barra Seca é destinada totalmente ao naturismo localizada a 142 quilômetros de Vitória, a capital do Estado.
Chega-se até ela pela Rodovia Othovarino Duarte Santos, São Mateus/Guriri, no bairro Pedra D’Água sentido a Urussuquara. Os adeptos de um estilo de vida natural podem encontrar nesta praia um paraíso privado.
O acesso à praia também é feito por meio de barcos que atravessam o rio Ipiranga, pois ela está dentro de uma ilha. É uma praia de naturismo oficial e turistas de vários lugares visitam Barra Seca por causa desse atrativo.
Existem regras especificas relacionadas à conduta dos visitantes. Há muita vegetação, coqueiros, areia lisa e dourada que permite aos naturistas se deitarem e tomarem um belo bronzeado.
Suas águas são tranquilas e existem duas áreas para a prática de naturismo, uma para as famílias/casais e outra destinada aos solteiros.
Áreas para camping não faltam, bem como estruturas com água e energia para a realização de eventos.
Sítio Histórico Porto
O turismo histórico em São Mateus é rico em opções e não pode excluir o Sítio Histórico Porto.
Os primeiros sobrados, servindo para comércio e residência, foram construídos no Porto de São Mateus no segundo quartel do século 19. Para aquilatar a relevância de São Mateus no contexto da província do Espírito Santo naquele tempo, cumpre citar a advertência de Maria do Carmo Oliveira Russo.
Esta historiadora, citando Eduardo Durão Cunha, remarca que no ano de 1835, desmembradas da Comarca de Vitória, foram criadas as comarcas de Itapemirim e São Mateus.
Novamente com Nardoto e Lima, sabe-se que o período de maior crescimento da cidade ocorreu a partir da segunda metade do século 19, época em que foi construída a maior parte dos sobrados do Porto e da Cidade Alta.
A Farinha de mandioca, açúcar e cereais eram produzidos em São Mateus, junto com a exploração de madeira.
Mantendo-se como fonte de riqueza, mesmo depois da implantação do cultivo cafeeiro, a cultura da mandioca permanecia como o principal esteio da economia de São Mateus, principal produtor de farinha da costa brasileira.
A respeito da economia agrária em São Mateus na segunda metade do século 19, Ana Lúcia Côgo destaca:
“A produção concomitante da farinha de mandioca e do café passou a caracterizar as estruturas agrárias de São Mateus na segunda metade do século XIX, quando também se verificou um grande fluxo comercial em seu porto fluvial”.
Foi também nessa toada que se modernizou o porto durante o século XIX. Nas palavras de Hermanny, “é graças à economia da mandioca, que haverá infraestrutura para a exportação do café”.
Mais ainda: foi graças ao prestígio de um grande produtor de café, o Barão de Aimorés, que São Mateus voltou a pertencer à província do Espírito Santo.
A elevação de São Mateus à categoria de cidade se deu em 1848, no auge do porto, com vigoroso comércio marítimo-fluvial e instalação, na área portuária, da aristocracia local. Os avanços que a área portuária de São Mateus auferiu ao longo de sua atividade são precisamente sintetizados por Hermanny:
“Essa aristocracia local trouxe, no auge de sua economia, arquitetos portugueses que edificaram a maioria dos casarões do porto. Além disso, as ruas foram calçadas com pedras trazidas pelos navios e o cais do porto pôde ser protegido, facilitando a atracação segura dos navios”.
Eliezer Nardoto e Herinéa Lima escrevem que somente em 1860 foi autorizada a navegação regular no Rio Cricaré, utilização que seria facilitada com a construção do cais em 1864.
As vias de transportes terrestres também remontam a esse tempo, pois em 1856 foi aberta a primeira estrada de São Mateus, ligando a então vila à Santa Clara e a Filadélfia, em Minas Gerais.
Entre 1920 e 1950, superado o auge da economia cafeeira no estado, o Porto de São Mateus principia a demonstrar sinais de decadência, porém, lembra a autora, os maiores danos à economia local se acentuaram quando traçadas as primeiras estradas de rodagem.
Em 1963, com o princípio da construção da BR 101, ligando São Mateus a Vitória, agravou-se a situação de declínio do porto e da substituição do rio como via de transporte.
Paradoxalmente, a decadência econômica acabou por preservar o sítio, que manifesta, sobretudo, a arquitetura do século 19.
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