Um levantamento de dados, realizado entre os dias 6 e 8 de dezembro, ouvindo 600 pessoas de todos os extratos sociais e etários representativos da população de São Mateus, Nordeste do Espírito Santo, mostrou que Daniel Santana, o Daniel da Açaí, chega ao último dos oito anos de seu mandato com uma rejeição incomum.
Cientista político, com especialização em pesquisas pela FESPSP, o proprietário do Instituto Capixaba de Pesquisas, Wander Marcos Gadita, que coordenou o levantamento, ressaltou que a pesquisa não foi registrada, “porque essa é una exigência da legislação somente no ano eleitoral”.
A pesquisa demonstrou, ainda, que resvala sobre eventuais apoiados seus a alta rejeição a Daniel da Açaí, que chegou a ser afastado em seu primeiro mandato por compra de votos, mas reconduzido por decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal, é alvo de inquéritos dos Ministérios Públicos Estadual e Federal por desvio de dinheiro publico e chegou a ser preso e afastado por isso.
Da população ouvida, 82,1% reprovam a gestão de Daniel e apenas 13,8% aprovam, com 4,1% que não sabem ou não quiseram responder.
Quando convidados a avaliar a administração, por conceitos, os entrevistados a consideram péssima (65,5%) ou ruim (12,7%), índices que somados indicam que praticamente 8 em cada 10 mateenses condenam o modo Daniel de administrar o município de 135 mil habitantes e com a maior diversificação agrícola do Estado, com alto potencial de crescimento e desenvolvimento.
Nas intenções de votos, a pesquisa revelou alto índice de politização. Tanto nas menções espontâneas quanto na estimulada, quando é apresentada uma uma relação de nomes, Carlinhos Lyrio lidera: 36,7% na estimulada e 23,6% na espontânea.
O ex-deputado e atual diretor do DER-ES, José Eustáquio Freitas, é o segundo nas duas: 21,3% na espontânea e 18,9% na espontânea.
O empresário Marcos Cozivip é o fator novo em São Mateus, em terceiro, com 15,2% na estimulada e 5,3% na espontânea.
No quesito rejeição, 62% da população não demonstrou repulsa a nenhum dos nomes apresentados. Dos que se manifestaram, porém, Freitas lidera a rejeição com 12,1%, seguido de Carlinhos Lyrio com 9,7%.
“Neste cenário, as eleições de 2024 estão em aberto, podendo vencer qualquer um dos mais lembrados”, disse Gadita. Mas, quem Daniel apoiar, 73% disse que não votam, e apenas 6% disseram que sim, que votam em quem dividir palanque com o atual prefeito.
REGRAS
As primeiras pesquisas eleitorais no Brasil se deram em 1945, durante o período de redemocratização do país, derivando das precursoras análises de mercados e audiência de rádio da década de 1940. Desde então, esses levantamentos se tornaram uma ferramenta que integra o processo eleitoral no país.
A utilização do conteúdo desse tipo de pesquisa fora do período eleitoral é livre e fica a critério das instituições que assim desejem fazê-las. No entanto, dentro do período eleitoral, dada a relevância e o papel de influência nas eleições, a realização desses levantamentos deve observar a norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que regulamenta a utilização, realização e divulgação dos dados, bem como a consequente aplicação de penalidades, em caso de descumprimento, previstas na Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).
A Resolução TSE nº 23.600/2019 disciplina o registro e a publicação das pesquisas eleitorais. De acordo com a norma, as entidades e as empresas que realizarem levantamentos de opinião pública sobre as eleições ou os candidatos são obrigadas a registrar cada uma delas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle) até cinco dias antes da divulgação – isso, no período eleitoral. (Da Redação com Instituto Capixaba de Pesquisas)

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