Oito coiotes do Noroeste do Espírito Santo e Leste de Minas Gerais, que atuam na promoção de migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos, foram identificados pela Operação Cristo Rey, deflagrada nesta sexta-feira, 4, em Barra de São Francisco (ES) e Central de Minas (MG), e poderão ter prisão preventiva solicitada a qualquer momento pela Polícia Federal.
A informação foi dada pelo delegado federal Ivo Costa da Silva em entrevista para a TV Gazeta, de Vitória. A emissora da capital capixaba, que é retransmissora da TV Globo, informou também que durante a operação foram efetuadas três prisões. Essa informação, entretanto, não foi confirmada pela Polícia Federal, constituindo-se numa confusão de informações – um equívoco.
Ainda de acordo com o delegado Ivo, com base em farta documentação apreendida por agentes da Delegacia da Polícia Federal de São Mateus, poderão ser pedidas as prisões dos envolvidos na atividade ilegal, que chega a custar US$ 25 mil (cerca de R$ 135 mil) por pessoa.
Os nomes dos coiotes surgiram e foram investigados pela Polícia Federal desde 2019, quando brasileiros ilegais deportados dos Estados Unidos foram ouvidos por autoridades brasileiras e revelaram como haviam feito suas viagens. Na Operação Cristo Rey, em alusão à cidade na fronteira entre os dois países, agentes federais cumpriram três mandados de busca e apreensão e encontraram documentos reveladores do esquema ilegal.
O site Tribuna Norte Leste tem mostrado em seguidas reportagens que, mais do que um problema de polícia envolvendo os coiotes, a migração ilegal está se constituindo em problema social e econômico, com a perda de mão-de-obra, ao mesmo tempo em que famílias ficam endividadas com agiotas da região e passam a correr risco durante a perigosa travessia da fronteira com o México, no deserto do Texas e, depois, no próprio país norte-americano, já que estão ilegais e podem ser usadas, abusadas e deportadas. (José Caldas da Costa com informações da TV Gazeta)
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