O profícuo escritor “das barrancas do Cricaré” Maciel de Aguiar vestiu a face do seu novo personagem para lançar, nesta quinta-feira (24), no Triplex Vermelho, em Vitória, seu 144° livro: “O velho lobo do mar”.
Inevitável a associação com “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway, presente na história do escritor capixaba, que faz questão de salientar:
“O meu estilo literário é o oposto de Ernest Hemingway. Enquanto o estilo dele é formado de períodos curtos e com vários pontos e travessões, os meus períodos não possuem ponto e raramente recorro ao travessão”.
Pergunto sobre o gênero literário da obra e Maciel, de pronto: “Realismo de sobrevivência com profunda tristeza. Sangrou a minha alma”.

Mas, por que sangrou?
“As histórias que o meu pai contava é a síntese do realismo de sobrevivência. Não tem nada de ficção. Não friccionei absolutamente nada”, brinca ele com as palavras. “Mas foi uma catarse. Escrevi sobre profundas emoções negativas”.
E conclui: “É uma narrativa que tenta fazer um mergulho nas angústias da alma humana e, ao mesmo tempo, se encontra com um suave solfejar de esperanças e crenças na vida, mesmo em condições adversas”.
O livro conta a história de um marinheiro e mergulhador brasileiro — amigo de Ernest Hemingway —, no caso, o pai do escritor capixaba, e revela como o escritor norte-americano escreveu a sua obra mais importante.
LANÇAMENTO
O VELHO LOBO DO MAR, 144° livro de Maciel de Aguiar, será lançado no Triplex Vermelho, dia 24/4, a partir das 19:00hs. Praça Costa Pereira, Vitória/ES.
A promessa
Você, que se emocionou com o célebre livro “O VELHO E O MAR”, de Ernest Hemingway, por certo irá se surpreender e, também, se emocionar com O VELHO LOBO DO MAR, de Maciel de Aguiar.
Síntese biográfica
Nascido em Conceição da Barra, no Nordeste do Espírito Santo, em 11 de fevereiro de 1952, Maciel de Aguiar é filho de Odete Maciel de Aguiar, descendente de pessoas escravizadas, e Walter Aguiar, velho marinheiro que se fixou na região após rodar o mundo.
Maciel é o autor original de 40 livros que resgataram, pela oralidade, a “História dos Quilombolas” de sua região. De seu trabalho descendem todos os demais feitos posteriormente, creditem-no ou não. (José Caldas da Costa, Da Redação)
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