O corpo clínico do Hospital Maternidade Nossa Senhora Aparecida (HMNSA), localizado em Montanha, no norte do Espírito Santo, emitiu, nesta quarta-feira(2), uma carta aberta endereçada à prefeita Iracy Baltar.
Na carta, os médicos denunciam atrasos salariais e condições precárias de trabalho. Segundo o documento, os pagamentos dos profissionais começara a atrasar em setembro de 2024, e até o momento não foram quitados os salários referentes a janeiro de 2025.
Além da questão salarial, os médicos do HMNSA relatam dificuldades na composição da escala médica, resultando em sobrecarga de trabalho e desmotivação profissional.
De acordo com a carta, o cenário tem impactado diretamente a qualidade do atendimento prestado à população.
Diante da situação, foi realizada uma Assembleia Geral com a maioria dos médicos do hospital, na qual se aprovou por unanimidade um plano de ação, incluindo a possibilidade de greve.
A paralisação dos serviços, segundo os profissionais, é uma medida extrema e amparada pelo Código de Ética Médica e pela Constituição Federal (Lei nº 7.783/89).
Os profissionais destacam que o objetivo principal não é a interrupção dos atendimentos essenciais, mas sim buscar soluções urgentes para a regularização dos pagamentos e melhorias nas condições de trabalho.
O débito acumulado do HMNSA referente aos meses de janeiro e fevereiro de 2025 já soma R$ 211.492,87, segundo dados administrativos da instituição.
O diretor clínico do hospital, Dr. Arthur Miranda Brito, enfatiza a urgência da situação e solicita um diálogo imediato com a Prefeitura para evitar maiores prejuízos aos pacientes e profissionais.
“Estamos aguardando uma solução rápida para garantir um atendimento digno à população de Montanha”, declarou o médico.
Até o momento, a Prefeitura de Montanha não se manifestou oficialmente sobre o caso. (Da Redação)
(Da Redação)
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