Ex-deputada federal e ex-ministra dos Direitos Humanos, a deputada estadual do Espírito Santo Iriny Lopes (PT) atacou a decisão da Câmara dos Deputados, que na última terça-feira (19) manteve o veto de 2021 do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro à criminalização de “fake news” (notícias mentirosas).
“A mídia tem se apressado em colocar como derrota do Presidente Lula a manutenção do veto de Bolsonaro ao trecho da nova lei de Segurança Nacional, de 2021, que tornaria crime espalhar ou promover fake news que comprometessem o processo eleitoral, com pena prevista de até cinco anos de prisão. O fato é que 315 dos deputados acharam que a mentira vale a pena”, disse Iriny.
A parlamentar foi incisivo na crítica à votação: “Temos, com certeza, parlamentares comprometidos com a população brasileira, mas a maioria representa interesses do agronegócio, da bancada da bala e dos falsos religiosos oportunistas que fazem da fé um projeto de poder. Eles também defendem com unhas e dentes a voracidade do mercado, da elite atrasada deste país”.
Segundo a deputada do PT na Assembleia Legislativa do Espírito, “quem perdeu não foi Lula, mas o Brasil, que continua sendo representado por esta minoria que não perde a oportunidade de retirar direitos e de atacar mulheres, negros, enfim a ampla maioria do povo brasileiro”.
MENTIRA COMO NORMA
A decisão do Congresso, na avaliação da deputada Iriny Lopes, estabelece a mentira como norma de comportamento e o resultado da votação “é um ataque à democracia”.
“Fico pensando que tipo de sociedade nós, como autoridades, estamos criando nesse País. A partir de agora, qualquer pessoa posso dizer o que quiser da outra sem ter que provar nada. É a mentira como norma. Como cidadã, não posso me calar diante disso”, acentuou a deputada. (Da Redação)
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