A estimativa da produção brasileira de café para 2021, considerando-se as duas espécies (arábica e canéfora), foi de 2,9 milhões de toneladas, crescimento de 4,8% frente ao mês anterior e declínio de 23,9% frente ao ano anterior, com o rendimento médio (1.580 kg/ha), aumentando 4,7% em relação ao mês anterior, porém, declinando 19,7% no comparativo anual. A área plantada apresenta declínio de 4,9% e a área a ser colhida, 5,2%, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LPSA), do IBGE.
No Espírito Santo, principal produtor de café conilon (canéfora), a estimativa é de crescimento de 9,3% para o conilon e de redução de 24,8% para o arábica. O café arábica deve reduzir a produção de 225.690 para 169. 713 e o conilon deve aumentar de 561.938 para 614.384.
Em todo o país, para o café arábica, a produção estimada foi de 1,9 milhão de toneladas, ou 32,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 1,6% frente ao mês anterior, mas queda de 32,5% frente ao ano anterior.
Em 2020, a safra brasileira de café arábica foi de bienalidade positiva, sendo uma produção recorde da série histórica do IBGE. Em 2021, a safra de arábica será de bienalidade negativa, o que deve resultar em uma retração expressiva da produção.
Minas Gerais é o maior produtor de café arábica, devendo responder, em 2021, por 67,9% da produção brasileira, com 1,3 milhão de toneladas, 35,9% a menos que no ano anterior.
Já para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 905,3 mil toneladas, ou 15,1 milhões de sacas de 60 kg, com crescimento de 12,1% em relação ao mês anterior, e aumento de 4,6% em relação à 2020, com rendimento médio 4,0% mais elevado (2.296 kg/ha).
No Espírito Santo, maior produtor brasileiro (67,9% da produção total), a estimativa encontra-se em 614,4 mil toneladas com crescimento de 18,0% em relação ao mês anterior e de 9,3% frente a 2020.
Safra Brasil
Em fevereiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 alcançou mais um recorde, devendo totalizar 263,1 milhões de toneladas, 3,5% acima (9,0 milhões de toneladas) da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas) e 0,3% (908,4 mil toneladas) acima da informação anterior (262,2 milhões de toneladas).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 67,0 milhões de hectares, sendo 2,3% (1,5 milhão de hectares) maior que a área colhida em 2020 e 0,2% (156,5 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior. (Weber Andrade com IBGE)
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