
A Polícia mantém reservas sobre as linhas de investigação sobre o duplo homicídio que vitimou a enfermeira Iris Rocha de Souza, 30 anos, que estava grávida de oito meses e foi encontrada morta, coberta de cal, à beira de uma estrada rural que liga Matilde a São Bento de Urânia, em Alfredo Chaves, na região Sul do Estado. A hipótese de feminicídio não está descartada, mas as investigações seguem de forma sigilosa.
O corpo de Iris já estava deformado pela ação da cal, mas a perícia encontrou marca de dois tiros, além de cinco cápsulas de pistola ponto 40 nas proximidades. O corpo foi encaminhado para o Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi liberado por parentes e sepultado na tarde desta terça-feira (16), no Jardim da Paz, no município de Serra.
O corpo foi encontrado no último dia 11 (quinta-feira), mas somente foi identificado nesta segunda-feira (15). A polícia encontrou no bolso dela um cartão bancário em nome de Iris R. Souza. Como ela morava sozinha, a família nada sabia até ser chamada para reconhecer o corpo.
A filha de Iris iria se chamar Rebeca e nasceria até 20 de fevereiro, segundo a família. Segundo a mãe, a jornalista aposentada Márcia Rocha, não havia motivos para sua filha estar em Alfredo Chaves. Ela morava em Jacaraípe, tinha outro filho de 8 anos, não tinha parentes na cidade onde foi assassinada e nem costumava ir lã. O corpo da bebê foi submetido a autópsia e colocado de volta no ventre da mãe para serem sepultadas juntas.
Iris estava fazendo Mestrado na Ufes, que divulgou uma nota enaltecendo as lições de “coragem e resistência” de sua aluna. O Conselho de Enfermagem também divulgou nota de pesar e solidariedade à família.
O assassinato de Iris Rocha foi registrado em Alfredo Chaves, sendo o terceiro nos 15 primeiros dias do ano na região Sul do Estado e o primeiro em Alfredo Chaves, que é um município pacífico, que registrou apenas dois homicídios ao longo de todo o ano de 2023 e apenas um no ano anterior. Os outros dois homicídios da região em 2024 foram em Marataízes e Itapemirim, no litoral.
A presença das cápsulas nas proximidades são indicativos de que o crime foi cometido no local, mas as investigações é que vão dizer se ela foi assassinado no local ou morta em outro lugar e o corpo “desovado” na região para dificultar as apurações. (Da Redação)
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