O pé na porta da União Progressista (Federação Progressista + União Brasil), condicionando à participação sua na chapa majoritária o seu apoio à candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) à sucessão de Renato Casagrande (PSB), causou imediata reação do prefeito Euclério Sampaio (MDB).
Demonstrando ser, dos grandes municípios, o mais “ponta firme” no compromisso com o preferido de Casagrande, o prefeito de Cariacica “chutou a porta” em entevista à jornalista Fabiana Tostes, da coluna De Olho no Poder, na Folha Vitória.
“Tenho visto algumas entrevistas sobre Ricardo se viabilizar ou não. Quem tem que fazer ele ficar 100% viabilizado somos nós, não é esperar que isso aconteça. Tem até uma música: ‘Quem sabe faz a hora’. Somos nós que temos de correr atrás para resolver”, disse Euclério.

E, para demonstrar que não está apenas fazendo discurso, Euclério disse que está preparando uma reunião política com seis mil pessoas para Ricardo Ferraço, em Cariacica.
“Será no dia 9 de junho, às 18h30, no Matrix. Eu estou fazendo a minha parte. Agora se tem alguém torcendo para Ricardo não se viabilizar, é porque não está em comunhão com o grupo”, cutucou.
PÉ NA PORTA
O encontro em que o apoio e as condições da federação União Progressista foram colocados na mesa ocorreu no Palácio Anchieta, conforme noticiado pela coluna De Olho no Poder, e contou com a presença de Casagrande, Ricardo, Da Vitória e do presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União).
Em entrevista para a coluna, Da Vitória e Marcelo disseram que levaram para o governador que a federação que será formada pelos partidos União Brasil e PP tem peso para debater a disputa majoritária e ter a preferência na escolha à sucessão do Palácio Anchieta, “caso Ricardo não dispute”.
Da Vitória chegou a ser citado pelo governador como um dos possíveis nomes à sucessão. Mas, ele está numa lista com outros quatro nomes, todos atrás de Ricardo, que é a prioridade do governo.
PASSO EM FALSO
É o segundo ruído no grupo em torno do governador nas últimas três semanas. Anteriormente, Arnaldinho Borgo (sem partido), que tem recebido enorme apoio do governador para brilhar como prefeito de Vila Velha, autorizou seu grupo a anuncia-lo pré-candidato ao Governo.
Acabou precisando consertar o ruído numa audiência com Renato Casagrande no Palácio Anchieta às vésperas da data mais importante do município canela-verde, o 23 de maio, dia da “fundação” do Estado do Espírito Santo. E disse que “a prioridade é Ricardo “.
Nesta quinta-feira (29), o colunista Vitor Vogas analisou o passo dado pelo jovem prefeito de Vila Velha:
“Já não estava nada fácil (conseguir um partido), e o prefeito pode ter complicado um pouco mais a situação para si mesmo, ao dar, recentemente, o que podem ter sido alguns passos em falso”, disse Vogas.
Em resumo: enquanto uns firmam o passo, outros tropeçam na marcha.
A propósito, se Arnaldinho teve a maior votação nominal para a reeleição (193.451 votos – 79 04%) no maior colégio eleitoral do Estado, é de Euclério a segunda maior votação proporcional dos municípios capixabas (88,41% – 168.771 votos). A terceira maior do Brasil em municípios com mais de 200 mil habitantes.
Pazolini (Republicanos), em Vitória, teve 105.599 votos (56,22%) e é o único, declaradamente, oposição na Região Metropolitana.
Outros dois grandes aliados de Ricardo são Weverton Meirelles (PDT), da Serra (138.071 votos – 60,48%) e Wanderson Bueno (Podemos), de Viana, com 37,587 votos (92,49%) – o município tem 80 mil habitantes. (Da Redação)
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