Em negociações secretas, Israel e Hamas, intermediados pelos Estados Unidos, chegaram a um acordo para permitir a libertação de reféns em troca de pausa nos ataques israelenses em Gaza, de acordo com uma reportagem do jornal “The Washington Post” deste domingo, 19.
Segundo o jornal, fontes ligadas à negociação afirmaram que o acordo prevê cinco dias de pausa nos bombardeios.
Em troca, o Hamas libertará pelo menos 50 pessoas, de acordo com a reportagem.
Essa libertação, ainda de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, ocorrerá de forma gradual a cada 24 horas.
Nenhuma das partes se posicionou sobre a reportagem, mas a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, Adrienne Watson, afirmou que “um acordo ainda não foi alcançado”.
Uma equipe de ajuda humanitária liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visitou o Hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, neste sábado, 18. A situação do hospital foi classificada como uma “zona de morte”.
Até a manhã deste sábado, o hospital de Al-Shifa abrigava mais de 2 mil pacientes, mas precisou ser evacuado às pressas.
Autoridades do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, disseram que os militares israelenses ordenaram a evacuação.
Em menos de dois meses, seis prisioneiros palestinos morrem em prisões israelenses
Mais um detento palestino foi morto dentro de uma prisão israelense neste sábado.
Thaer Samih Abu Assab, que foi detido em 2005 e condenado a 25 anos de prisão, morreu na prisão do deserto de Negev, segundo a Comissão Palestina para Assuntos de Detidos.
Com a morte de Abu Assab, desde de o dia 7 de outubro, seis prisioneiros palestinos foram mortos dentro de unidades prisionais de Israel, apontou um levantamento da Reuters.
As autoridades dos dois países não deram mais detalhes sobre as mortes.
Em Genebra, na Suíça, cerca de 4.000 pessoas, segundo os organizadores, participaram de uma passeata até a sede europeia da ONU, atrás de um cartaz que dizia: “Parem o genocídio em Gaza”.
Na Inglaterra, centenas de pessoas se manifestaram perto da sede do líder opositor, o trabalhista Keir Starmer, criticado por parte da população por se negar a reivindicar um cessar-fogo em Gaza.
Outros atos foram registrados em Portugal, na Polônia e na Turquia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a Palestina deveria governar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia após o fim da guerra entre Israel e Hamas.
A declaração foi feita através de um artigo de opinião no Washington Post.
“À medida que lutamos pela paz, Gaza e a Cisjordânia devem ser reunidas sob uma única estrutura de governação, em última análise, sob uma Autoridade Palestiniana revitalizada, enquanto todos trabalhamos em prol de uma solução de dois Estados”, escreveu o presidente.
Biden também afirmou que os EUA estão preparados para proibir os vistos contra “extremistas” que atacam civis na Cisjordânia.
Alemanha critica assentamentos
Olaf Scholz, chanceler alemão, criticou a política de assentamentos de Israel na Cisjordânia, ocupada neste sábado (18), e pediu uma solução de dois Estados para Israel e os palestinos.
“Não queremos novos assentamentos na Cisjordânia, nenhuma violência por parte dos colonos contra os palestinos na Cisjordânia”, disse Scholz durante uma visita a Nuthetal, no Estado de Brandemburgo.
“Se alguns na política israelense se distanciar disso, não os apoiaremos”, completou.
Comente este post