Mais 84.600 mil doses da vacina Coronavac (Sinovac/Butantan) chegaram ao Espírito Santo, na madrugada desta quarta-feira, 17. As doses serão destinadas à continuidade da vacinação dos idosos de 75 a 79 anos e trabalhadores da saúde.
O Estado fará o envio de imunizantes aos municípios com o quantitativo de 5% aos trabalhadores da saúde, o que irá completar aproximadamente 100% da D1 deste público (com cobertura atual de 95%); e também o quantitativo de 50% de D1 para idosos de 75 a 79 anos. Para ambos os públicos, também está garantida a segunda dose.
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Os imunizantes serão encaminhados à Central Estadual de Frio para organização e cadastramento, o que ocorrerá na manhã desta quarta-feira, 17. A previsão é de que a distribuição aos municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória aconteça ainda nesta quarta-feira, 17, à tarde. Já o envio às regionais de saúde Norte, Sul e Central será a partir desta quinta-feira, 18.
Entenda como está a campanha no ES
As primeiras doses de vacinas para o enfrentamento do novo Coronavírus (Covid-19) chegaram ao Estado no dia 18 de janeiro. No mesmo dia, o Estado deu início à imunização de trabalhadores da saúde do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, um dos grupos prioritários.
A importância da imunização contra a Covid-19 é, segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a “principal medida de prevenção”. “Estamos otimistas e acreditando na assertividade da estratégia de imunização da população. É a principal medida de prevenção primária que permitirá vencer a pandemia e reduzir a quantidade de óbitos”.
Diante disso, a Secretaria da Saúde (Sesa) responde as dúvidas mais recorrentes e apresenta uma linha do tempo com as principais ações nesses pouco mais de 45 dias desde o início da vacinação.
Principais dúvidas
– Quais são os públicos prioritários da Campanha de Vacinação contra a Covid-19?
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, é responsável pela definição dos públicos prioritários da Campanha.
De acordo com o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, a priorização deste grupo segue os critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença.
Ficou definido o seguinte ordenamento do público prioritário:
– Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas
– Pessoas com deficiência institucionalizadas
– Povos indígenas vivendo em terras indígenas
– Trabalhadores da área da saúde
– Pessoas de 90 anos ou mais
– Pessoas de 85 a 89 anos
– Pessoas de 80 a 84 anos
– Pessoas de 75 a 79 anos
– Povos e comunidades tradicionais Ribeirinhas
– Povos e comunidades tradicionais Quilombolas
– Pessoas de 70 a 74 anos
– Pessoas de 65 a 69 anos
– Pessoas de 60 a 64 anos
– Pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades
– Pessoas com deficiência permanente
– Pessoas em situação de rua
– População privada de liberdade
– Funcionários do sistema de privação de liberdade
– Trabalhadores da educação do ensino básico (creche, pré-escolas, Ensino Fundamental, Ensino Médio, profissionalizantes e EJA)
– Trabalhadores da educação do Ensino Superior
– Forças de segurança e salvamento
– Forças Armadas
– Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros
– Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário
– Trabalhadores de transporte aéreo
– Trabalhadores de transporte aquaviário
– Caminhoneiros
– Trabalhadores portuários
– Trabalhadores industriais
– Como é feito o envio das doses e definição de quantitativo ao Estado?
Cada Estado da federação recebe o quantitativo de doses referentes ao número de pessoas daquela população prioritária. Para a primeira etapa da Campanha, o Ministério definiu como público prioritário trabalhadores da saúde; pessoas maiores de 60 anos residentes em instituições de longa permanência; pessoas maiores de 18 anos com deficiência residentes em Residências Inclusivas; indígenas aldeados; e idosos acima dos 75 anos.
Devido à escassez de doses, os Estados as têm recebido de forma gradual para os trabalhadores da saúde e os idosos.
Diferentemente das demais populações definidas para esta primeira etapa, para as quais o órgão federal encaminhou o quantitativo para imunizar 100% deles.
– Quais imunizantes utilizados no Estado? E como funciona o uso deles?
As vacinas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização aos estados são a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, e a Oxford-AstraZeneca, produzida na Índia, importada pelo Ministério da Saúde, e que em breve será produzida pela Fiocruz.
Ambos os imunizantes são aplicados em esquema de duas doses, com intervalo de até quatro semanas para a Coronavac e de 12 semanas para a AstraZeneca.
Cada frasco de vacinas da Coronavac contém 10 doses e que, depois de aberto para aplicação, tem validade de 8 horas. As vacinas da AstraZeneca também contêm 10 doses em cada frasco e, depois de aberto, têm validade de 6 horas.
As duas fabricantes têm tempo de durabilidade, o que permite a estabilidade do produto no intervalo de tempo, que deve ser armazenado em temperatura entre +2°C e +8°C, tanto em equipamentos de refrigeração quanto em caixa térmica, garantindo a potência imunogênica e eficácia.
– Depois de quanto tempo a pessoa está imunizada?
A imunização completa da Coronavac e da Oxford-AstraZeneca, para a proteção contra as formas graves e óbitos causados pela Covid-19, acontece em torno de 15 dias após a aplicação da segunda dose.
– Por que o Estado está escalonando idades e grupos, como para vacinação de idosos e de trabalhadores da saúde?
Devido à escassez de doses, o Estado as tem recebido de forma gradual para os trabalhadores da saúde e os idosos por parte do Ministério da Saúde. Diante deste cenário, os municípios capixabas, junto ao Estado pactuaram medidas para o escalonamento das doses a estes grupos.
Foram levados em consideração, no primeiro momento, os profissionais da linha de frente no atendimento aos casos da Covid-19 e de idosos acima de 90 anos, grupo de maior letalidade pela doença. Entretanto, com a chegada de novas remessas de vacinas, e à medida que cada grupo atinja 90% de sua população imunizada, o Estado amplia para outros grupos.
Essas pactuações foram realizadas por meio da Comissão Intergestores Bipartite ao longo de janeiro e fevereiro, sendo a mais atual a de Nº 13.
– Quando chegarão mais doses da vacina?
Em relação às datas de envio de novas doses, o Estado aguarda oficialmente a informação por parte do Ministério da Saúde para posterior divulgação.
– Como acontece a distribuição das doses no Estado?
As doses de vacinas contra a Covid-19, ao chegar no Estado, são diretamente encaminhadas à Central Estadual de Rede de Frio, da Secretaria da Saúde, para cadastramento e organização das mesmas.
Após todo processo, a Central organiza o quantitativo destinado a cada município para encaminhá-los às regionais de saúde e às cidades da Região Metropolitana.
– Qual a competência tripartite na Campanha?
Esta ação envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União, das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e das Secretarias Municipais de Saúde (SMS).
Compete ao Ministério da Saúde a aquisição das vacinas, aos Estados a aquisição dos insumos (seringas e agulhas) e aos municípios a execução da ação de vacinação.
– A vacinação ocorrerá com ações extramuro ou na Unidade Básica de Saúde?
As ações de vacinação são realizadas e definidas pelos municípios, sob orientações estabelecidas no Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19.
Para os primeiros grupos da Campanha, muitos municípios realizaram ações extramuros, com vacinação domiciliar e dentro de unidades hospitalares.
Com a ampliação dos grupos, a vacinação passou a ser realizada nas Unidades de Saúde e em outros formatos, como, por exemplo, drive-thru. (Weber Andrade com Secom/ES)
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