Os prefeitos que estão no segundo mandato querem garantir o sucessor, com candidaturas próprias em 2024, e vão buscar o apoio do governador Renato Casagrande (PSB) para fortalecer o municipalismo com vistas à própria sucessão no Palácio Anchieta em 2026.
O movimento começa a ser articulado pelo decano da política municipalista capixaba, o prefeito Enivaldo dos Anjos (sem partido), de Barra de São Francisco, ele mesmo um dos políticos mais antigos em atividade no Estado – seu primeiro mandato de deputado estadual foi conquistado em 1986 e, de 1989-92 foi prefeito em sua cidade.
“Os herdeiros políticos de Casagrande deverão ser os prefeitos do interior do Estado, principalmente os do Norte e Noroeste, onde o governador ganhou na verdade a reeleição”, disse Enivaldo.
O prefeito Enivaldo acrescentou que a história política do governador está ligada aos municípios, “onde ele é o maior realizador de apoio e obras” e, portanto, “nada mais justo do que o movimento de prefeitos, na hora certa, para pleitear disputar o governo do Estado com apoio do governador”.
De acordo com o prefeito de Barra de São Francisco, “seria uma retribuição do governador ao municipalismo, que participou de três eleições dele para o Governo“.
O municipalismo passou a dar as cartas na política do Espírito Santo a partir da eleição de Albuino Azeredo, em 1990, quando os prefeitos entraram em campo para virar um percentual de 62% a favor de José Ignácio e dar a vitória a Albuino.
“Os nomes apontados até agora para a sucessão de Casagrande não têm se identificado com o municipalismo e com os prefeitos. Eles cuidam somente de si mesmos na política estadual“, observou Dos Anjos.
De acordo com Enivaldo, “os prefeitos exigem mais, vão estar com mandato novos e pela metade, já avaliados pela comunidades e com isto vão buscar o apoio de Casagrande para chegar ao Palácio Anchieta com um representante legítimo do municipalismo“.
Enivaldo dos Anjos disse ainda que os prefeitos têm mais fôlego político e atuação direta com a população, “e por isso se mostram com mais direito e crédito junto ao governador para estar na disputa pela sucessão”. (Da Redação)
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