
Apesar do otimismo do prefeito Guerino Balestrassei (PSC) em função da previsão de que o rio Doce vai parar de subir por dois dias e começar a baixar no final de semana, se as chuvas não voltarem a cair em suas cabeceiras e de seus afluentes, as águas da enchente deverão chegar até à avenida Getúlio Vargas nesta quinta-feira (13.01), quando o nível do rio atingirá seu ponto máximo previsto com a chegada das águas que passaram por Governador Valadares no pico da inundação.
O boletim da Defesa Civil de Colatina da tarde desta quarta-feira (12) informou que o nível do rio atingiu a cota de inundação com 7,74m às 17horas e previa oscilação para 7,85m às 20 horas. Fontes oficiais informaram, porém, que o pico da enchente será atingido na parte da manhã desta quinta-feira (13), quando a régua de medição que fica embaixo da ponte Florentino Avidos deverá atingir 8,10m. O boletim divulgado por volta das 23 horas desta quarta, dia 12, sinalizava com a estabilização abaixo dos 8 metros.
Diante dessa expectativa, a Prefeitura de Colatina orientou e auxiliou comerciantes e moradores afetados a se anteciparem com as ações preventivas, a fim de evitar as maiores perdas. Com esse nível, de acordo com fontes da municipalidade, a lâmina dágua deverá chegar à avenida Getúlio Vargas. Porém, será uma lâmina estreita. Entretanto, o embarque e desembarque de passageiros na rodoviária da cidade deverá ser suspenso até que o rio comece a baixar e esse serviço será transferido de local.
Não há previsão de suspensão de transporte intermunicipal de passageiros na cidade. Apesar do volume de água passando bem próximo ao fundo do piso da ponte Florentino Avidos, o tráfego continua ocorrendo normalmente. Guerino Balestrassi disse que as previsões são de que, após o pico da cheia, haverá uma estabilidade e o rio deverá começar a baixar no sábado, uma vez que em Governador Valadares já estabilizou e as águas da cidade do leste mineiro levam cerca de 30 horas para passar em Colatina.
Durante toda a semana, o prefeito Guerino Balestrassi visitou as regiões mais afetadas da cidade e conversou com as comunidades. Com as informações técnicas e com os relatórios atualizados, determinou as intervenções e orientações para diminuir o impacto causados pelas fortes chuvas no Espírito Santo e Minas Gerais.
“As obras de contenção de encostas que já realizamos em 2021 trouxeram muito mais segurança para a população. Além disso, fazemos constantemente, antes do período chuvoso, limpeza e manutenção das galerias, trincheiras e bocas de lobo. E na zona rural, recuperamos mais de 4 mil quilômetros de estradas rurais, minimizando os efeitos dos temporais. E para 2022, a obra da macrodrenagem de São Silvano, autorizada pelo Governo do Estado, resolverá muitos dos problemas dos alagamentos em Colatina”, reforçou Guerino.

Até o momento, 22 pessoas tiveram que se mudar temporariamente para casas de parentes e amigos por conta das inundações. Não há pessoas desabrigadas no município. Como em todas as cheias, um dos maiores problemas é o represamento do rio Santa Maria do Doce, bem como a invasão de seu leito pelas águas do rio Doce. O bairro Marista é um dos mais afetados pela enchente, mas também há outros pontos, como a área verde da avenida Senador Moacyr Dalla (Beira-Rio) e as hortas de Maria das Graças.
As equipes do Sanear e das Secretarias de Obras, Habitação, Desenvolvimento e Infraestrutura Rural continuam trabalhando em plantão 24 horas. Novos telefones foram disponibilizados para os colatinenses, em casos de emergência (veja no boletim acima). (José Caldas da Costa com informações da Defesa Civil de Colatina)
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