O homem que foi morto como queima de arquivo na semana passada em Ecoporanga, a 330 quilômetros de Vitória, na microrregião Noroeste do Espírito Santo, seria preso nos próximos dias juntamente com a mulher conhecida como Adriana e os dois filhos, que foram presos na última sexta-feira (6) numa operação conjunta das Polícias Civil e Militar.
Justamente para que não fossem delatados foi que a mulher e seus dois filhos, segundo a Polícia Civil, teriam providenciado o assassinato de Atarteliano Soares de Brito, 37 anos, que tinha vivido com ela e estava tentando recomeçar a vida trabalhando na roça e já vivia com outra mulher.
Segundo o delegado José Marcos de Oliveira, depois que se separou de Adriana, a vítima passou a ser ameaçada pela mulher e seus dois filhos, que são investigados como suspeitos em pelo menos cinco dos 11 homicídios que já ocorreram em 2024 no município de pouco mais de 20 mil habitantes.

TORTURA
Dias antes de ser assassinado, Atarteliano (foto da capa) foi à Delegacia de Polícia de Ecoporanga registrar boletim de ocorrência dizendo que estava sendo ameaçado. Quando foi assassinado na última quinta-feira (4), a Polícia jà sabia a quem prender e cercou a casa de Adriana, pendendo a mulher e seus dois filhos, 22 e 30 anos, e aprendendo drogas e armas no local.
Se não tivesse morrido, Atarteliano também seria preso. O delegado já havia representado à Justiça contra o ex-companheiro de Adriana pelo crime de tortura, que teria sido praticado, em companhia dos dois ex-enteados, contra dois usuários de drogas que eles torturaram e iriam matar, conforme relatos das próprias vítimas sobreviventes e apurado no inquérito instaurado na DPC.
Quando morou com a mulher, segundo a Polícia, Atarteliano teria se envolvido com as atividades criminosas. A Polícia informou que os dois homens “são perigosos e frios”. Segundo as investigações, quem fica devendo ou eles acham que vão trai-los, eles matam.
Além de Atarteliano, o delegado havia representado contra outra pessoa que também teria envolvimento com as atividades criminosas, mas que teria tido o mesmo destino do ex-padrasto: sido assassinado.
A Delegacia de Polícia de Ecoporanga tem apenas três policiais civis, além do delegado. Um deles fica no atendimento à população, o outro no cartório e apenas um é responsável pela investigação dos crimes que ocorrem na cidade, que vão muito além dos homicídios – o índice está chegando a 100 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, o mais alto do Espírito Santo.
Com aa prisões efetuadas na última sexta-feira(5), o delegado da cidade acredita que haverá um freio no número se homicídios. (Da Redação)
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