Nesta quinta-feira, 14, é celebrado o Dia Internacional da Capivara. A espécie costumava ser vista com frequência na periferia de Barra de São Francisco há algumas décadas, à margem do rio São Francisco e ainda aparece com frequência no rio Itaúnas, na altura da Barragem Everaldo Binquini e também nas margens do rio São Mateus.
Não há um registro da quantidade de capivaras existentes no município, mas o hábito do francisquense de comer a carne do animal – é comum em bares da cidade ver amigos combinando comer um assado ou mesmo guisado de capivara – apesar da caça ser proibida e o medo da febre maculosa ajudam a reduzir a quantidade delas.
A capivara, nome científico: Hydrochoerus hydrochoeris, também conhecido como carpincho ou capincho, é um animal, mamífero, roedor, herbívoro, originário do continente sul-americano. O nome “capivara” tem origem no idioma tupi e significa “comedor de capim”.
É a maior espécie de roedor do mundo, podendo chegar a 1,30 de comprimento e a pesar até cerca de noventa quilos. Possui uma pelagem grossa, castanha avermelhada. Apesar de seu porte grande, as capivaras, em geral, são animais calmos e dóceis.
Possuem hábitos semiaquáticos, por isso possui como habitat natural as margens de rios e lagos, áreas alagáveis e próximo a represas. Mesmo tendo desaparecido em algumas localidades, a espécie não se encontra em risco de extinção.
Capivaras, hábitos e modo de vida
As capivaras são animais sociais, vivem geralmente em bandos de dez a vinte indivíduos às margens de rios, lagos, e áreas alagáveis. São encontradas em todos os países da América do Sul com exceção do Chile
De hábitos semiaquático, as capivaras possuem pequenas membranas entre os dedos, que ajudam no nado. Com isso, a espécie desenvolveu uma forte relação com a água. A espécie utiliza lagos e rios para a regulação da temperatura corporal e, em geral, para a cópula reprodutiva.
Reprodução das capivaras
A gestação dura cerca de 150 dias, outro recorde entre os roedores. Em outras espécies de roedores, como ratos e coelhos, a gestação dura cerca de 30 dias. A fêmea de capivara possui de cinco a seis pares de tetas para alimentar seus filhotes.
Um filhote de capivara nasce pesando cerca de um quilo e meio, já com seus dentes permanentes e pelagem. Seguem recebendo o cuidado dos progenitores, em geral, da mãe, durante três a quatro meses até se tornarem independentes.
Hábitos alimentares
A alimentação das capivaras é composta por ervas de pastagem complementadas, ocasionalmente, por plantas aquáticas, mas também adquiriram o hábito de consumir plantas cultivadas pelo homem, como o milho.
Em alguns casos, quando a digestão não é concluída totalmente, alguns indivíduos praticam a coprofagia (ingestão das fezes). O alimento é digerido novamente e os nutrientes são ingeridos em sua totalidade.
Predadores naturais e uso comercial das capivaras
A expectativa de vida de uma capivara é de quinze anos. Possuem como predadores naturais as onças, jaguatiricas, cobras, jacarés e cachorros-do-mato.
Em alguns locais, sem um número considerável de predadores a população de capivaras pode crescer excessivamente, podendo causar alguns problemas para agricultura com a invasão de terras cultivadas.
Nesses locais, o controle é feito através da caça. A carne de capivara é considerada uma carne exótica e possui um grande valor comercial. Podem ser caçadas também para a produção de bolsas, carteiras, roupas e outros artigos em couro.
Vigilância Ambiental recolhe cerca de 50 carrapatos na Barragem Everaldo Bianquini
Controle da febre maculosa
Assim como cavalos, cachorros e outros mamíferos, as capivaras podem carregar carrapatos-estrela, que são os hospedeiros primários da bactéria causadora da febre maculosa.
Em Barra de São Francisco, elas são apontadas como as principais transmissoras da febre porque vivem às margens dos rios, onde muitas pessoas gostam de pescar. O carrapato costuma se reproduzir no capim e dali alcança o hospedeiro, que pode ser um humano.
Com a morte de um morador do município por febre maculosa e o registro de pelo menos 4 casos, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio da Vigilância Ambiental em Saúde intensificou as ações de captura do carrapato-estrela e conscientização da população para os riscos de contrair a doença. (Da Redação com g1 e Wikipédia)
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