
“Da vontade até de chorar, casei ali, meu pai faleceu ali”. O depoimento emocionado de dona Aparecida Soares Almeida, esposa do comerciante José Maria Almeida, deu o tom de nostalgia na manhã desta terça-feira, 9, em Barra de São Francisco com a demolição do prédio do antigo Rosane Hotel, no centro de Barra de São Francisco.
A entrevista com dona Aparecida e as fotos do site tribunanorteleste.com.br, foram o gancho para o respeitado jornalista Leonel Ximenes, de A Gazeta, alcançar o topo das visualizações no site do portal da capixaba nesta terça-feira, 9, com mais de 14 mil visualizações. (Veja sequencia de fotos da demolição mais abaixo)
Em parceria com outro jornalista renomado da capital, José Caldas da Costa, a pauta se estendeu e até um dos historiadores francisquenses, Edvaldo Machado de Lima, filho do pioneiro Joaquim Alves de Lima, ex-vereador e pai também de um dos pioneiros na exploração do granito em Barra de São Francisco, Levi Teixeira Lima, foi convocado a contar parte da história do prédio, que pertenceu, antes da família Soares, a outro pioneiro, Ivo Coimbra, que possuía uma armazém de café na parte debaixo do prédio e uma padaria, além de residir no local.
“O Ivo foi uma Pedro Malasartes da nossa região. O maior mentiroso de todos os que já existiram por lá”, conta Edvaldo ao portal A Gazeta.
Adquirido por um empresário da família Fortuna por R$ 2,1 milhões, o imóvel pertenceu por décadas à família de José Soares dos Santos, já falecido. No local, segundo informações obtidas pela nossa reportagem, será construído um edifício.
Ontem, 9 e hoje, 10, muitos curiosos passaram parte da manhã assistindo a demolição, entre eles, Guanair Soares, o Guará e dona Aparecida, que ficaram parte da manhã observando o trabalho da máquina que derrubava as paredes históricas.
Posto Ocaxet pertenceu ao dono do Rosane Hotel antes da família Acipreste
O filho mais novo do fundador do hotel, Clinger Soares, hoje morando em Guriri, disse que quando terminou o curso de Administração, fez sua monografia sobre o Rosane Hotel, mas se lembra pouco da história. “Sei que minha família veio de São José do Mantimento (MG) e, chegando aqui, meu pai, José Soares e meu tio, Wander Silvino Soares compraram a casa e construíram mais para os fundos, criando o hotel”, conta Clinger.
Segundo Clinger, anos depois seu tio, Wander Silvino quis voltar para Minas Gerais e vendeu sua parte para o irmão. “A partir daí o imóvel passou a pertencer somente à nossa família e, quando ele morreu, ficou para os herdeiros”. (Weber Andrade)



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