Mais de 2 milhões de pessoas já visualizaram o vídeo gravado por outra paciente mostrando, em Rio Largo, Alagoas, uma mulher com o marido amarrado com corda e conduzido para tomar vacina. A atitude chamou a atenção porque o homem não queria ser imunizado por ser antivacina. Mas, como quem acaba pagando o pato de quem adoece é quem se preveniu, a mulher resolveu radicalizar.
Os usuários dos canais onde a imagem foi veiculada brincaram com a situação, dizendo: “Errada ela não está. Quem ama, cuida!”; “Ainda bem que meu marido é consciente. Se não fosse, eu levaria ele assim. Se não quisesse, era só se separar”; “Essa mulher para presidente em 2022, por favor”.
Apesar do atitude inusitada e do quadro de tragicomédia, o assunto é sério. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (01), o secretário de Estado de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse que 70% dos pacientes que estão internados nos hospitais públicos do Estado não foram vacinadas ou estão com o esquema vacinal incompleto. Ao todo, 95 mil adultos não receberam nenhuma dose dos imunizantes.
“Nós temos um total de 70% da ocupação hospitalar, de todas as pessoas internadas nos hospitais públicos, é que não tomaram nenhuma dose ou que estão com o esquema vacinal incompleto ou atrasado. Nós compreendemos e sempre afirmamos que a vacinação representa a principal medida de saúde pública capaz de mitigar os efeitos da covid-19 e principalmente em termos de internação e óbitos”, reforçou.
Em Barra de São Francisco, que está com uma explosão de mais de 1.400 casos ativos de Covid só nos primeiros 31 dias do ano, o número de internados não chega a 0,5%. Há sete pessoas internadas, todas idosas. Desde o final do ano, apenas uma morte foi registrada no município, de uma idosa de 89 anos, com três vacinas, mas muitas comorbidades.
Em termos de comparação, quando o município chegou a 928 casos ativos em abril do ano passado, sem a vacinação, tinha 70 pessoas internadas no hospital local (8% do total de infectados) e oito mortes em um só dia, com letalidade beirando a 5,0. Atualmente, o município tem 96% das pessoas acima de 5 anos de idade com pelo menos a primeira dose da vacina, 84% com duas doses.
“O resultado é claro, essa cepa que está aí se propaga com muito mais rapidez, mas o esquema vacina reduz a pressão sobre o sistema de saúde. As pessoas testam positivo e ficam em quarentena se tratando em casa. No ano passado, sem a vacina, quando ela iam para casa, voltavam já em estado grave”, disse o secretário municipal de Saúde, Elcimar de Souza Alves.
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