O período eleitoral está chegando ao fim. Ainda existem ações permitidas, mas a quinta-feira (3) foi o último dia para a realização de comícios e debates. Em Barra de São Francisco, cada candidato também fez suas escolhas.
A campanha de reeleição do prefeito Enivaldo dos Anjos (PSB) fez a escolha pela realização de um comício no centro da cidade, enquanto os outros candidatos não fizeram movimentos públicos.
Geam Maforte (DC), Gustavo Lacerda (Republicanos), Moabe Souza (PRD), Tavinho (PL) e Zé Valdeci (PT) se encontraram num debate promovido numa live pelo Youtube do SiteBarra com menos de 300 pessoas assistindo ao vivo, com pouco mais de 3.500 visualizações posteriormente e baixa interação: apenas duas pessoas haviam feito comentários até por volta das 15h30 desta sexta-feira, quase 20 horas após a exibição.
Por seu lado, o prefeito Enivaldo dos Anjos reuniu mais de mil pessoas no seu comício final no centro da cidade, com a participação dos candidatos à Câmara de Vereadores da coligação Barra de São Francisco Tem Café no Bule, com direito a café de bule servido na tadicional canequinha de esmate no palanque. O deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB), sobrinho do prefeito, também estava presente.
EQUILÍBRIO
Aberta com com discurso do candidato a vice Wanderson Melgaço, a concentração foi encerrada pelo discurso de quase meia hora do prefeito Enivaldo dos Anjos, que salientou o seu esforço para a tarefa dupla entre a campanha e a administração da cidade, “enquanto do lado de lá eles fizeram uma campanha suja, com muita fake news”, enfatizando que manteve a calma “para não criar na cidade um clima de guerra”.
Enivaldo mencionou o fato de o comício estar sendo realizado na avenida que leva o nome do ex-prefeito Edinho Pereira, “que ajudou muito essa cidade”, seu maior adversário na política francisquense, mas a quem homenageou denominando a principal via da cidade.
APOIO POPULAR
“O político se nutre do que vocês estão fazendo aqui, desde crianças até pessoas de 94 anos, o que demonstra o respeito e a consideração que vocês têm por nós. Isso me emociona muito. Domingo teremos o desfecho final, mas hoje estamos apresentando a vocês nossos candidatos a vereadores. Se vocês decidirem votar em nós, votem também em vereador de nossa chapa para nos ajudar a administrar, dando agilidade à nossa gestão, com uma Câmara eficiente: 50% do que fizemos foi do Executivo, mas 50% foi da Câmara”, valorizou Enivaldo.
CRESCER MAIS
Enivaldo deu algumas indiretas para seus adversários e acentuou: “Nosso projeto é para desenvolver a cidade e temos condições de ter uma cidade importante, porque somos polo e precisamos preparar para receber e apoiar os municípios menores ao redor. Somos o 12º municíopio do Espírito Santo e isso só é possível se todo mundo remar na mesma direção. Acabou a política, precisa todo mundo ajudar o município. Temos que lutar pelo que ainda não temos”.
O prefeito citou exemplos do passado: “Eu lembro de quando não tinha televisão e o Dr Pedro Talles e o Tutti (pai de Edinho) trouxeram televisão para cá e ficavam colocando antena nos morros para trazer o sinal. Então, essa cidade não foi construída de um dia para o outro. Não é um sujeito folgado, que nunca deu um dia de serviço e diz que quer mandar na cidade. Muitos professores lecionaram debaixo de árvore para chegarmos à educação que hoje temos. Não adianta fazer fake news, porque a população sabe escolher.
Destacou que o município hoje “tem mais mais de 150 médicos atuando, só na prefeitura, 21 especialistas atendem a população e administrar isso é para gente qualificada. Nosso grupo tem cuidado disso e tem esse compromisso de transformar Barra de São Francisco em município forte”.

RELAÇÕES POLÍTICAS
Enivaldo também salientou suas relações políticas: “Tenho relação direta com o governador do EStado, elegemos um deputado que é presidente da Comissão mais importante da Assembleia e também tem relação direta com o governador. O ano que vem vai ser o ano em que vamos receber mais recursos do que recebemos até agora, porque 2026 é ano de eleição e teremos 15 meses para ter recursos para fazer todas as obras que temos que fazer. Nosso grupo é que tem esse entrosamento na área estadual, que é onde está o recurso para as grandes obras”.
Sem apoio do Governo, o município não anda, segundo Enivaldo: “A Prefeitura faz o básico de serviços e apoio aos serviços sociais, distribuir alimentos e cestas básicas, e obras que precisamos para município-polo somente fazemos com dinheiro do Estado. Mais de R$ 40 milhões em calçamentos, mais de R% 15 milhões em asfaltamento. Conseguimos isso montando uma estratégia, que passa pelo Mazinho, que é o nosso deputado que é o garantidor junto ao Governo do Estado. É o Mazinho que decide o caminho dos projetos na Comissão de Justiça. O governador tem 90% de aprovação aqui no município e tem um deputado que pode confiar e que ajuda ele a governar o Espírito Santo”.
POR QUE FICOU
Enivaldo disse que sua ideia não era disputar a reeleição, que queria cumprir o mandato e voltar para a política estadual: “Mas tive que reconsiderar porque tem muita coisa para fazer e tem muito dinheiro para chegar. Levamos 40 anos para chegar ao prestígio que chegamos hoje e não podemos abrir mão disso. O governador está investindo mais de R$ 200 milhões na estrada para Mantenópolis, mais de R$ 100 milhões para recapear a ligação com Água Doce do Norte. Esse momento é nosso”.
O prefeito também fez um prognóstico para 2026: “Em abril de 2026, Renato vai sair para ser senador e quem vai ser governador é Ricardo Ferraço, que é meu amigo pessoal. Aliás, sou amigo primeiro do pai dele, que vai ganhar em Cachoeiro e estamos juntos há 40 anos. É lógico que Ricardo vai ser o candidato a governador em 2026 e vamos continuar sendo inquilinos do Palácio Anchieta. O governador Renato Casagrande é um homem de expressão nacional e vai ocupar essa função. Foi por isso que decidi ficar. Para completar o que começamos. Trabalho 18 horas por dia e tem gente aí que não aguenta trabalhar nem 6 horas e quer governar o município. Nós temos condições de dar a Barra de São Francisco o que ninguém mais tem condições. Não podemos perder esse tempo”.
O QUE AINDA PODE FAZER
A entrega de materiais gráficos – como os santinhos – e a realização de carreatas, passeatas e caminhadas podem ocorrer até as 22h do dia que antecede as eleições. Ou seja, do dia 16 de agosto até este sábado, 5 de outubro, e, no caso de um eventual segundo turno, casos de cidades com mais de 200 mil eleitores (Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha), de 7 a 26 de outubro. Mas é sempre importante lembrar: todo material impresso deverá conter o CNPJ ou o CPF da pessoa responsável pela confecção e do contratante, além da respectiva tiragem.
Eleitoras e eleitores devem ficar atentos às regras em relação a manifestações e condutas permitidas e proibidas no dia da eleição. No domingo (6), data do 1º turno, é permitida ao eleitorado a manifestação individual e silenciosa por partido, candidata ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, adesivos e camisetas.
Por outro lado, até o término da votação, não pode haver aglomeração de pessoas com camisas e outros adereços padronizados nem manifestação coletiva ou aliciamento de eleitores. A prática pode caracterizar boca de urna, crime punido com detenção e multa.
O horário eleitoral gratuito no rádio e na TV terminou nesta quinta (3), três dias antes do pleito, data tambémn do encerramento da permissão de realização de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre 8h e 24h, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas. Debate no rádio e na TV também só podem ocorrer até esta quinta, admitida sua extensão até as 7h da sexta (4).
A sexta (4), antevéspera da votação, é o último dia para a divulgação paga na imprensa escrita e a reprodução na internet de jornal impresso.
A campanha eleitoral será encerrada no sábado (5), véspera do pleito, sendo permitida nesse dia a utilização de alto-falantes ou amplificadores de som entre 8h e 22h, além da distribuição de material gráfico, realização de caminhada, carreata ou passeata, acompanhados ou não por carro de som até as 22h.
Derramamento de santinhos
Já no domingo, é proibida a divulgação de qualquer espécie de propaganda, sendo considerados crimes o uso de alto-falantes ou amplificadores de som, a promoção de comício ou carreata, arregimentação de eleitores e publicação ou impulsionamento de novos conteúdos de partidos ou candidatos na internet.
O derramamento de material impresso de publicidade das candidaturas — os conhecidos “santinhos” — em vias públicas próximas aos locais de votação também configura propaganda irregular. Os infratores podem ser detidos e multados, conforme previsto no art. 87 da Resolução nº 23.610/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no art. 39 da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições). Mesmo o derrame na véspera também poderá ser apurado como crime eleitoral.
Celular proibido na cabina de votação
No dia do pleito, o uso do celular na cabina de votação também está vedado segundo o art. 108 da Resolução TSE nº 23.736/2024. Antes de se dirigir à urna, a eleitora ou o eleitor deve desligar o aparelho e deixá-lo no local indicado pelos mesários. Máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto também estão proibidos.
A mesa receptora ficará responsável pela guarda do telefone móvel, que pode ser retirado pela pessoa depois de concluída a votação. A recusa em cumprir a regra impede a pessoa de votar, e a ocorrência deverá ser registrada na ata da seção eleitoral pelo presidente da mesa receptora. A força policial também poderá ser acionada, caso necessário, com a devida comunicação ao juiz eleitoral.
Vedado porte de arma a 100 metros das seções
Nas 48 horas que antecedem a eleição e nas 24 horas após o pleito, é proibida ainda a circulação de pessoas armadas no perímetro de 100 metros dos locais de votação. O porte de armamento só será permitido a integrantes das forças de segurança em serviço e quando autorizados ou convocados pela autoridade eleitoral competente, de acordo com o art. 151 da Resolução TSE nº 23.736/2024e art. 141 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65). A vedação abrange, inclusive, os detentores de porte de arma ou quem tem licença estatal.
A resolução proíbe ainda o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por colecionador, atirador e caçador (CAC) no dia das eleições, nas 24h que antecedem a eleição e nas 24h seguintes. O descumprimento acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma. (Da Redação com informações do TSE)
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