
Weber Andrade
O carnavalesco Paulo Balbino e a esposa Eliza Loureiro Coelho, que passaram o final de semana em Barra de São Francisco, acompanhados da equipe da Novo Império e do jornalista José Caldas da Costa, assessor parlamentar do deputado estadual Mazinho dos Anjos, tiveram um momento de grande emoção ao visitarem a comunidade de Vila Palmares, no interior do município.
Eliza veio para Barra de São Francisco dar aulas na extinta Escola Municipal Germano Wolfgran, que fica na comunidade, quando tinha 20 ou 21 anos. Atualmente, com mais de 60, ela pediu para ser levada até Vila Palmares e ficou muito emocionada ao ver que o prédio ainda estava de pé, embora a escola tenha sido nucleada, ou seja, os alunos passaram a ser atendidos pela Escola Santo Antônio.
Mesmo assim, Eliza tentou encontrar algumas das pessoas conhecidas na época e lembrou do tempo em que começou a carreira de professora. “Nós íamos a pé, da saída do asfalto (ES-080) até a Vila Palmares, às vezes, à noite, passando pelo Tatu. Eu era chamada de ‘magra’, para contrastar com a minha colega, que era mais cheinha”, recorda.

Cemitério
O casal aproveitou o momento – estão fazendo pesquisa para o enredo da Novo Império em 2024, que terá Barra de São Francisco como protagonista – e foram conhecer um cemitério luterano, perto do distrito de Santo Antônio.
No local, chamado de cemitério de São Pedro, pudemos constatar uma grande quantidade de túmulos, muitos já com as informações sobre os mortos ilegíveis, mas também muitos outros com sobrenomes conhecidos na cidade, como os Holz, os Binow, Golt, Gebert e Beling, entre outros.
Na maioria dos túmulos, crianças que morreram no dia do nascimento ou uma semana, um mês, no máximo dois anos depois de nascidas.
São todas vítimas da meningite, doença que teve alguns surtos, no final dos anos 1950, no início dos anos 1960 e também no início da década de 1970 na região.
Curiosamente, Denilson Nunes de Freitas, o motorista do deputado estadual Mazinho dos Anjos, que estava acompanhando a visita, quando chegamos ao cemitério comentou que também teve a doença aos 11 anos e foi curado graças a tratadores, já que havia sido desenganado pelos médicos.
“Muitos anos depois, descobri que eu já havia sido dado como morto na ficha do Inamps (órgão que fazia o controle de doenças no país), porque o médico disse que não tinha mais jeito. Felizmente, conseguimos corrigir essa falha”, conta.
Denilson, no entanto, acabou tornando-se um atleta completo, praticante de Triathlon e já nadou em mares gelados na Noruega e Dinamarca.

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