Depois de um mergulhador, agora um piloto de helicóptero capixaba é que foi alvo da Polícia Federal, demonstrando que o Espírito Santo está, definitivamente, nas principais rotas do tráfico internacional de drogas, integrado a cartéis que atuam a partir de centros fornecedores como Colômbia, Bolívia e Paraguai.
Um homem residente em Itapoã, Vila Velha, foi preso em casa na manhã desta quinta-feira, 11, por agentes da Polícia Federal do Espírito Santo em cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal do Paraná. O capixaba foi entregue ao sistema prisional à disposição da Justiça.
O mandado foi cumprido como parte da Operação Helix, que visa desarticular organização criminosa responsável pela introdução de toneladas de drogas em território nacional, além de realizar a lavagem de dinheiro dos lucros obtidos com o tráfico de drogas. Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão, além do Espírito Santo, também no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O suspeito preso no Espírito Santo é investigado por ser um dos pilotos do tráfico, sendo responsável por pilotar helicópteros na fronteira do Brasil e, assim, fazer o transporte da droga a partir dos países vizinhos na América do Sul.
Nos dois anos de investigações, a Operação Helix teve êxito na apreensão de 2.750 kg de cocaína, além de nove helicópteros e um caminhão que eram utilizados para o transporte da droga proveniente do Paraguai.
Também foram deferidos o sequestro de diversos bens móveis, como automóveis e helicópteros e de um imóvel vinculado à organização criminosa, cujos valores estimados ultrapassam os R$ 30 milhõess, além do bloqueio de valores e contas bancárias das pessoas e empresas envolvidas.
A operação também contou com cooperação jurídica e policial com o Paraguai, com auxílio da Adidância e Oficialato de Ligação da PF, após a identificação de que os carregamentos da droga eram feitos em uma fazenda localizada naquele país. Inclusive, há a tentativa de cumprimento de um mandado de prisão contra um dos investigados que se encontra no Paraguai com o auxílio da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e do Ministério Público daquele país.
O nome da operação faz alusão ao modus operandi da organização criminosa, que se utilizava de helicópteros para a introdução da droga em território nacional. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. (SPFES)
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