O motorista que atropelou e matou a capixaba Milene da Silva, de 45 anos, na noite de sábado (22), em Governador Valadares, segue foragido, mas novas informações sobre o caso foram reveladas nesta quinta-feira (27), durante uma coletiva de imprensa da Polícia Civil. Segundo as investigações, o jovem, de 20 anos e que trabalha como DJ, foi visto com um copo de cerveja nas mãos momentos antes do acidente.
De acordo com o delegado Marcos de Alencar, o DJ participou de uma festa em uma casa de shows, onde teria consumido bebidas alcoólicas durante todo o evento. Testemunhas relataram que o jovem esteve com o copo constantemente cheio de cerveja, o que levanta a suspeita de que ele estava sob efeito de álcool no momento do atropelamento.
“Segundo testemunhas, ele passou todo o evento na casa de show com um copo na mão. Ainda perguntei se o copo estava vazio, e a testemunha disse que não. O copo estava sempre transbordando de cerveja. Ele bebeu durante todo o tempo que era o compromisso comercial dele”, revelou o delegado.
O atropelamento aconteceu enquanto Milene atravessava a faixa de pedestre, em uma área movimentada da região central da cidade. A Polícia Civil suspeita que o veículo estava em alta velocidade, acima dos 80 km/h, quando atingiu a vítima, o que agravaria ainda mais as responsabilidades do motorista.
Após o acidente, o motorista fugiu do local sem prestar socorro à vítima, o que torna o caso ainda mais grave. De acordo com a polícia, pessoas ligadas à equipe do DJ afirmaram que ele deixou o evento musical logo após o atropelamento, aparentemente com a intenção de se dirigir a outra festa. No entanto, momentos depois, ele retornou à casa de shows e pediu para que os membros da equipe o acompanhassem até sua residência, onde teria escondido o carro envolvido no crime.
“A equipe foi até a casa dele, onde ele guardou esse carro, que não é dele. O proprietário do carro já foi intimado e vai depor na delegacia. Nosso objetivo é saber por que ele entregou o veículo para o jovem, se sabia da situação e por que não notificou a polícia”, disse o delegado.
O veículo será apreendido e a Polícia Civil está investigando se houve algum tipo de reparo ou limpeza no carro, o que poderia configurar fraude no curso do processo. O laudo pericial, que está sendo finalizado, deve determinar a velocidade exata do carro no momento do impacto e é um dos elementos-chave da investigação.
Outro ponto esclarecido pela Polícia Civil foi a identidade da vítima. Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que Milene da Silva era moradora de rua, mas a investigação revelou que ela não estava em situação de vulnerabilidade social. Moradora de Vitória, no Espírito Santo, Milene estava em Governador Valadares para visitar parentes e seguir para a rodoviária, de onde embarcaria de volta para sua cidade.
(Da Redação com G1 Vales de Minas Gerais)
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