Ainda com idade para atuar como jogador profissional, Yago, que foi campeão carioca pelo Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, em 2015, tornou-se traficante de drogas em Cachoeiro de Itapemirim, segundo a Polícia, que nesta quinta-feira (26) prendeu o ex-jogador de 30 anos com 104 pinos de cocaína e um revólver calibre 38 no bairro Zumbi, um dos principais pontos de venda de drogas da cidade, onde atua a organização criminosa carioca Comando Vermelho.
De acordo com a Polícia, em 2019, apenas quatro anos após brilhar no time de São Januário, Yago Moreira da Silva sofreu um atentado em Cachoeiro, cidade onde nasceu e de onde saiu para tentar a sorte no futebol. Na ocasião, o ex-jogador estava na rua quando foi surpreendido por vários disparos efetuados por dois homens em uma moto. Yago foi atingido com um tiro no braço e levado às pressas para o pronto-socorro da unidade hospitalar por moradores que presenciaram a tentativa de homicídio.
Nesta quinta-feira (26), de acordo com a Polícia Militar, Yago estaria realizando tráfico de drogas e ostentando armas de fogo em um beco do bairro quando foi abordado por agentes da guarnição. Com ele, estava uma sacola contendo 104 pinos de cocaína e, durante as buscas depois da apreensão, também foi encontrado um revólver calibre 38 na casa do ex-atleta, além de munições e material para embalar os entorpecentes.
Todos os materiais foram entregues na 7ª Regional, local para onde foi conduzido o detido, que foi autuado em por tráfico de drogas e encaminnado ao presídio à disposição da Justiça.
Yago é cria da base do Vasco da Gama e jogou em outros clubes do Exterior e de outros Estados brasileiros: Minnesota United (EUA), Macaé, Tupi, Seoul E-Land (Coreia do Sul), Al-Tadhamon (Kuwait), CSA e Mixto (MT). A prisão de Yago foi destaque nos principais jornais brasileiros.
Yago repete a história de outros meninos que saíram de situações de vulnerabilidade social e acabam se enrolando com o crime. Na parte das drogas, um dos casos mais conhecidos é de Freddy Rincon, o colombiano que foi ídolo do Corinthians e, em 2007, foi preso por tráfico de drogas, pela Polícia Federal, em São Paulo. Ele era também investigado por lavagem de dinheiro.
Rincón teria ligação com a organização de narcotráfico comandada pelo colombiano Pablo Rayo Montaño. A detenção de Rincón durou 123 dias. Ele chegou a ter um pedido de prisão feito pela Interpol, mas não voltou para a prisão. Rincón teve bens congelados. Em abril de 2022, o jogador morreu em um grave acidente de carro em seu País.
No último dia 19 de dezembro, o ex-jogador Carlim Topogiggio, do Tiradentes (PI), foi preso numa operação contra o tráfico de drogas em Teresina.
Mas o problema não afeta apenas quem vive em vulnerabilidade social. Um dos casos mais conhecidos do Brasil é o do ex-goleiro Edinho, filho do rei do futebol Pelé. O ex-goleiro ficou preso dez meses, acusado de associação para o tráfico na Baixada Santista. (Da Redação com GE, Site Terra e outros)
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