
Weber Andrade
O casal de cafeicultores, Valmir de Oliveira Silva, o popular Valmir Cota, e sua esposa, a advogada Elisete Meneghetti, estão empenhados em levar para a região de Monte Sinai e Poranga, a experiência do grupo de voluntários do projeto de recuperação e preservação de nascentes do Rio Itaúnas, ação que já cercou quase 70 nascentes na região do Itaúnas e Itauninha, no distrito de Cachoeirinha do Itaúnas.
Em reunião recente no Córrego do Itá, mais precisamente na sede da Associação de Moradores e Pequenos Produtores do Córrego do Itá e Jabuticaba, eles pediram a esse jornalista para intermediar uma reunião com o líder do Comitê de Defesa da Bacia do Rio Itaúnas, José Carlos Alvarenga, o Carlinhos, para que este possa fazer uma explanação aos produtores da região do córrego do Itá, sobre o projeto e oriente como conseguir apoio e definir ações.
O líder do projeto no Itaúnas já foi informado sobre a intenção do casal e deve estudar uma data para que uma reunião preliminar seja feita.
“A ideia do gestor Valmir de Oliveira Silva é tornar a Fazenda Laranjeiras uma referência na região. Estamos de portas abertas para a pesquisa. Já formalizamos o convite a Escola Família Agrícola Jacyra de Paula Miniguite para trazer os alunos até aqui para conhecer o viveiro de mudas e os diversos jardins clonais”, explica Elisete.
E continua: “Nosso Cadastro Ambiental Rural (CAR) está devidamente registrado. É preciso incentivar outros proprietários rurais a reservar parte da terra para reflorestamento e preservação da mata que ainda existe. É possível cultivar em harmonia com a natureza. Já temos muitas áreas desmatadas onde podemos cultivar. Não precisamos mais cortar árvores. O desenvolvimento sustentável é uma realidade hoje aqui na Fazenda Laranjeiras. Os topos de morros precisam ser preservados para evitarmos catástrofes ambientais”, observa ela.
“A água, claro, é nosso bem mais precioso. Um recurso que não é inesgotável como pensávamos antes. A recuperação e preservação das nascentes garantirá o futuro da agricultura e, por consequência, do alimento em nossa mesa. A questão do lixo é outra preocupação da Fazenda Laranjeiras. Estamos avançando no sentido de dar a destinação correta ao lixo como forma de preservar ainda mais o meio ambiente”, informa.

Torrefação de café
A torrefação do café na Fazenda Laranjeiras também já está sendo projetada com previsão de ficar pronta no primeiro semestre de 2024. Os professores do Ifes de Barra de São Francisco, que conhecem a propriedade, também manifestaram o desejo de proporcionar experiências com os alunos.
“Precisamos incentivar nossos jovens. A permanência deles no campo junto com a família pode contribuir para que as gerações futuras percebam o potencial da agricultura. A valorização do trabalho no campo passa pela mudança do olhar da sociedade. Afinal somos nós trabalhadores rurais que colocamos alimentos na mesa da população. O sistema de agricultura familiar é o caminho”, finaliza a advogada.


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